24 de mar 2025
Governo Milei defende 'história completa' ao lembrar vítimas da ditadura argentina
Governo Milei propõe reavaliação da narrativa sobre a ditadura argentina, questionando a contagem de desaparecidos e destacando a violência anterior ao golpe.
Trecho de vídeo sobre a violência política na Argentina (Foto: Reprodução do Youtube/@casarosada)
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O governo de Javier Milei utilizou o feriado do Dia Nacional em Memória da Verdade e da Justiça, instituído em 2002 para homenagear as vítimas da ditadura militar argentina (1976-1983), para promover uma visão alternativa da história. Em um vídeo divulgado à meia-noite, a administração argumentou que a narrativa histórica deve incluir a violência política que precedeu o golpe militar e os atentados terroristas cometidos por grupos de esquerda na época. O escritor Agustín Laje, presidente da Fundação Faro, foi o narrador do material, que critica a forma como a história tem sido ensinada nas escolas.
Laje afirmou que os estudantes atuais foram expostos a uma visão maniqueísta da história, que se concentra apenas nas ações do governo militar, ignorando a complexidade do contexto. Ele questionou a cifra de 30.000 desaparecidos, sugerindo que essa contagem é exagerada. O escritor defendeu que a história deve ser contada em sua totalidade para evitar manipulações políticas, destacando que a narrativa atual nega a existência de uma guerra na Argentina nos anos 70.
O vídeo também mencionou que, entre 1969 e 1979, as organizações terroristas de esquerda realizaram 5.215 ataques com explosivos e 1.501 assassinatos, entre outras ações violentas. Laje citou diversos grupos armados da região, como os Montoneros e o ERP na Argentina, e afirmou que esses movimentos foram influenciados pelo regime de Fidel Castro em Cuba. Ele argumentou que, no auge, essas organizações contavam com 25 mil integrantes.
Por fim, Laje concluiu que é fundamental conhecer a história completa para evitar a repetição dos erros do passado. Ele enfatizou a importância de romper com a narrativa imposta e reivindicar o direito de entender a verdade histórica, afirmando que uma sociedade baseada em mentiras não pode construir um futuro livre.
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