Política

Governo argentino desclassifica documentos da ditadura militar em Dia da Memória

Governo argentino desclassifica documentos da ditadura militar em busca de "memória completa", mas enfrenta resistência de grupos de direitos humanos.

Javier Milei anunciou a desclassificação de documentos de inteligência relacionados à última ditadura militar. (Foto: AFP)

Javier Milei anunciou a desclassificação de documentos de inteligência relacionados à última ditadura militar. (Foto: AFP)

Ouvir a notícia

Governo argentino desclassifica documentos da ditadura militar em Dia da Memória - Governo argentino desclassifica documentos da ditadura militar em Dia da Memória

0:000:00

O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou a desclassificação de documentos de inteligência relacionados à última ditadura militar, em um ato que coincide com o 49º aniversário do golpe de Estado de 1976. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, informou que a medida abrange a totalidade dos arquivos vinculados às Forças Armadas entre 1976 e 1983, além de outros documentos relevantes de períodos distintos. Esses arquivos serão transferidos da Secretaria de Inteligência do Estado para o Arquivo Geral da Nação, que se encarregará da preservação e consulta de documentos históricos.

A decisão de desclassificação é uma continuidade de um decreto de 2010, assinado durante a presidência de Cristina Kirchner, que, segundo Adorni, "nunca foi totalmente cumprido". O governo Milei defende uma abordagem de "memória completa" sobre a ditadura, equiparando os crimes das Forças Armadas aos da guerrilha, uma perspectiva que é contestada por diversas entidades de direitos humanos. Adorni enfatizou que "o que aconteceu no passado deve estar nos arquivos da memória, não nos arquivos de inteligência".

A desclassificação ocorre em um contexto de lembrança e homenagem, já que organizações de direitos humanos realizam uma marcha até a Praça de Maio em homenagem ao Dia Nacional da Memória, que recorda os cerca de 30 mil desaparecidos durante a ditadura, conforme estimativas de grupos de defesa dos direitos humanos. O apoio de sindicatos e partidos de oposição também é esperado durante o evento, que visa manter viva a memória das vítimas do regime militar.

Adorni destacou que os arquivos agora estarão "a serviço da memória e não da manipulação política", reforçando a importância da transparência e do acesso à informação histórica. A medida é vista como um passo significativo na busca por justiça e reconhecimento das atrocidades cometidas durante o regime militar na Argentina.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela