Política

Belo Horizonte aprova uso da Bíblia como material didático em escolas públicas e privadas

Câmara de Belo Horizonte aprova uso da Bíblia em escolas, gerando polêmica sobre laicidade e conteúdo adequado para alunos. Sanção do prefeito é aguardada.

Foto: Marcos Santos/ Usp Imagens 21/03/2012 (Foto: Marcos Santos/ Usp Imagens 21/03/2012)  
Câmara Municipal de Belo Horizonte (MG). (Foto: Wikipedia)  
Bíblias no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (Foto: Cristina Medeiros - 8.abr.2025/CMBH)

Foto: Marcos Santos/ Usp Imagens 21/03/2012 (Foto: Marcos Santos/ Usp Imagens 21/03/2012) Câmara Municipal de Belo Horizonte (MG). (Foto: Wikipedia) Bíblias no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (Foto: Cristina Medeiros - 8.abr.2025/CMBH)

Ouvir a notícia

Belo Horizonte aprova uso da Bíblia como material didático em escolas públicas e privadas - Belo Horizonte aprova uso da Bíblia como material didático em escolas públicas e privadas

0:000:00

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, em 8 de abril, o Projeto de Lei 825/2024, que permite o uso da Bíblia como material didático em escolas públicas e particulares. A proposta, de autoria da vereadora Flávia Borja (DC), recebeu 28 votos favoráveis, oito contrários e duas abstenções. O texto agora aguarda a sanção do prefeito Álvaro Damião (União).

A vereadora Borja defende que a Bíblia pode enriquecer o ensino de história, literatura, artes, filosofia e religião, permitindo que professores abordem histórias de civilizações antigas. Ela enfatizou que o uso do texto não tem caráter religioso, mas sim cultural e educacional. A participação dos alunos nas aulas que utilizarem a Bíblia será opcional, respeitando a liberdade religiosa.

Entretanto, a proposta gerou controvérsias. Vereadores da oposição, como Juhlia Santos e Cida Falabella, argumentaram que a medida compromete a laicidade do Estado e pode incluir conteúdos inadequados para crianças e adolescentes. Santos criticou a aprovação do projeto, afirmando que isso representa um retrocesso em relação à separação entre Estado e religião.

Durante os debates, o vereador Helton Junior (PSD) expressou preocupação com a possibilidade de que projetos semelhantes para outras religiões não recebam o mesmo apoio. Ele sugeriu que a Câmara considere a inclusão de textos de diferentes tradições religiosas, promovendo um ambiente educacional mais plural. A emenda proposta por Pedro Patrus (PT), que buscava garantir que as atividades pedagógicas não tivessem conotação religiosa, foi rejeitada.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela