01 de mai 2025
Trabalhadores se mobilizam no Primeiro de Maio por direitos e redução da jornada laboral
Manifestações em toda a Espanha marcam o Primeiro de Maio, com foco na redução da jornada laboral e defesa dos direitos trabalhistas.
CC OO e UGT distribuíram nesta quarta-feira na estação de Atocha, em Madrid, panfletos com seu manifesto para o Primeiro de Maio. (Foto: Alejandro Martínez Vélez / Europa Press)
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Neste Primeiro de Maio, mais de cinquenta manifestações ocorrerão em toda a Espanha, organizadas pelos sindicatos Comissões Operárias (CC OO) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). O foco principal será a redução da jornada laboral para 37,5 horas, uma proposta que visa melhorar as condições de trabalho em um cenário de crescente automação e precarização.
Os desafios enfrentados pelo sindicalismo de classe incluem questões históricas como salários baixos, precariedade e a necessidade de negociação coletiva. Além disso, a revolução tecnológica e os efeitos da pandemia intensificaram a urgência de defender os direitos trabalhistas. O lema das manifestações, "Proteger o conquistado, ganhar futuro", reflete essa dualidade.
A proposta de redução da jornada laboral foi acordada entre o governo e os sindicatos em dezembro, mas a aprovação do projeto de lei foi adiada. O governo ainda não possui a maioria parlamentar necessária para a aprovação definitiva. Essa mudança beneficiaria mais de doze milhões de trabalhadores e é apoiada por dois terços da população.
A automação e o uso de inteligência artificial estão transformando o mercado de trabalho, com mais de nove por cento das empresas e quarenta por cento das grandes já utilizando essas tecnologias. Apesar dos avanços, a taxa de desemprego na Espanha permanece elevada, em 11,4%, o dobro da média da União Europeia. Os sindicatos alertam que a revolução tecnológica não deve resultar em precarização laboral.
A economia espanhola mostrou sinais de recuperação após a pandemia, com a criação de quase quinhentos mil empregos no último ano. A reforma trabalhista e o aumento do salário mínimo, que cresceu 61% nos últimos sete anos, são exemplos de que melhorias sociais podem ser economicamente viáveis. A defesa dos direitos trabalhistas é essencial para garantir um futuro mais justo e equitativo.
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