Política

Governo de Minas Gerais avança com privatizações de Cemig e Copasa na Assembleia Legislativa

Governo de Minas Gerais avança com privatizações de Cemig e Copasa, apresentando novos projetos à Assembleia Legislativa.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)

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O Governo de Minas Gerais, sob a liderança de Romeu Zema (Novo), apresentou nesta quarta-feira um pacote com onze projetos à Assembleia Legislativa. As propostas estão ligadas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) e visam acelerar as privatizações de estatais como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

Os projetos de privatização, que foram protocolados em novembro do ano passado, não avançaram nas comissões temáticas. As duas estatais têm um valor de mercado estimado em R$ 15 bilhões. O governo possui 17% das ações da Copasa e controle majoritário da Cemig, com mais de 50% do capital votante. Para facilitar a tramitação, dois substitutivos às propostas de privatização também serão apresentados.

Estratégia de Privatização

Interlocutores do governo afirmam que a adesão ao Propag está condicionada a contrapartidas, como a desestatização dos ativos. No caso da Copasa, o governo federal não demonstrou interesse em incorporá-la. Para a Cemig, o plano é transformá-la em uma “corporation”, modelo que permite ao Estado abrir mão da posição de acionista controlador, semelhante ao que ocorreu com a Eletrobras.

Além das privatizações da Cemig e Copasa, o governo Zema planeja enviar novos projetos para privatizar o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codenge). O governador já declarou que a intenção é privatizar essas empresas e que a aprovação legislativa é essencial para o sucesso do Propag.

Desafios Legislativos

A Constituição estadual exige um referendo popular para a venda das estatais, e o governo tem pressionado pela aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que revogue essa exigência. No entanto, essa proposta enfrenta resistência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, inclusive entre aliados.

As dificuldades de articulação interna já causaram atritos. O líder do governo na Assembleia, João Magalhães (MDB), chegou a apoiar uma proposta de federalização da Codemig e Cemig, que transferiria o controle das estatais ao governo federal. Uma audiência pública sobre o tema está agendada para o dia 27, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, com a presença do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O vice-governador Mateus Simões (Novo) afirmou que a decisão sobre o futuro das estatais dependerá de articulação com o governo federal.

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