Congresso tem semana esvaziada com presidentes fora do país e recesso informal

Com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, fora do Brasil, o Congresso Nacional enfrenta uma semana de atividades reduzidas. Motta participa de um fórum em Nova York, enquanto Alcolumbre acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à China.

A Câmara não terá sessões em plenário, com as comissões funcionando em esquema semi-presencial. Os parlamentares poderão votar projetos de forma remota, permanecendo em suas bases eleitorais. O recesso informal ocorre após um período de intensa atividade legislativa, marcado por pressões sobre a votação de ações relacionadas ao deputado Alexandre Ramagem.

Atividades no Senado

No Senado, a expectativa é de que o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, seja ouvido na quinta-feira, sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Estima-se que mais de R$ 6 bilhões tenham sido descontados indevidamente de aposentados e pensionistas. Queiroz deve ser questionado sobre a conduta da pasta durante o escândalo.

Além disso, Alcolumbre está articulando um projeto de lei alternativo à anistia dos golpistas de 8 de janeiro. O objetivo é evitar um perdão amplo e permitir a redução de penas para aqueles que não participaram ativamente da destruição.

Viagens e Comissões

A agenda do Congresso também inclui sessões de homenagens e audiências públicas em algumas comissões. Ao menos dez senadores receberam autorização para viajar ao exterior, com a maioria das despesas cobertas por dinheiro público. As viagens têm se tornado comuns, com eventos programados em várias cidades dos Estados Unidos.

A participação de congressistas em fóruns internacionais é uma estratégia para estreitar relações e discutir temas relevantes. O governo busca adiar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as fraudes no INSS, em um momento delicado para a administração.