Política

Jornalismo precisa se reinventar para enfrentar a era da desinformação algorítmica

A crise da informação exige que o jornalismo se reinvente, superando a manipulação algorítmica das big techs e priorizando a articulação social.

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A crescente influência das big techs sobre a informação e a comunicação tem gerado preocupações sobre a manipulação algorítmica e a crise da esfera pública. Especialistas afirmam que a imprensa não tem denunciado essa transformação e que o jornalismo precisa se reinventar para articular a sociedade em um mundo digital.

A maioria das informações atualmente passa por plataformas digitais, onde algoritmos invisíveis moldam o pensamento coletivo. Esses algoritmos priorizam a captura de atenção e a performance comercial em detrimento da função cívica da informação. Empresas como Google, Meta, Amazon, Twitter/X e TikTok controlam as agendas políticas e sociais, criando monopólios que ameaçam a democracia.

Pensadores como Shoshana Zuboff, Yochai Benkler e Zeynep Tufekci alertam para a censura algorítmica que opera sem controle democrático. A tecnologia publicitária, segundo o "Guide to Advertising Technology", organiza a sociedade ao vender emoções e fragmentar consensos. O debate público é regido por algoritmos que maximizam o engajamento, impulsionando extremismos.

A imprensa falhou em se adaptar a essa nova realidade. Transformou suas redações em fábricas de cliques, sem investir em novas formas de estruturar o espaço público. Atualmente, menos de cinquenta jornais conseguem sustentar-se com assinaturas digitais, e alcançar cinquenta mil assinantes é uma exceção. Modelos tradicionais de paywall não são suficientes.

Necessidade de Reinvenção

O jornalismo deve ir além do entendimento técnico das tecnologias publicitárias. É necessário enfrentar e superar essas plataformas com visão e estratégia. Investir em plataformas dinâmicas que promovam escuta pública e construção de redes de confiança é essencial. A arquitetura da informação deve ser uma questão de política pública.

A imprensa precisa deixar de disputar audiência nos moldes das big techs e oferecer serviços que atendam às necessidades das comunidades. A relevância da imprensa está diretamente ligada à sua capacidade de ser parceira da sociedade, respondendo a um tecido social em transformação.

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