15 de mai 2025
Simone Tebet articula rotas de integração para fortalecer comércio entre Brasil e Ásia
Ministra Simone Tebet articula projeto de ferrovia ligando Brasil ao Pacífico, visando fortalecer comércio com a China e integrar a América do Sul.
Os chineses estão interessados em ajudar a rasgar o Brasil de ferrovias (Foto: Washington Costa/Ministério do Planejamento e Orçamento)
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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, lidera a articulação das “Rotas de Integração Sul-Americana”, um projeto do governo Lula que visa facilitar o comércio entre os países da América do Sul e a China. A proposta inclui a construção de uma ferrovia que ligaria o Brasil ao Pacífico, reduzindo o tempo e o custo do transporte de mercadorias.
Durante a elaboração da iniciativa, Tebet visitou a maioria dos países sul-americanos, exceto Venezuela, Equador e Argentina, onde planeja ir em breve. Recentemente, a ministra acompanhou o presidente Lula em uma viagem à China, onde discutiu as rotas com autoridades locais. A ferrovia proposta, que atravessaria o Brasil de Leste a Oeste, é considerada de grande interesse para os chineses.
“Uma estrada de ferro com essa configuração promoveria uma mudança radical no mapa econômico do País”, afirmou Tebet. O projeto pode impactar diretamente as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, além do interior do Sudeste. A ministra destacou que o governo tem trabalhado na integração sul-americana desde o início do mandato, com o Consenso de Brasília enfatizando a importância da cooperação econômica, social e cultural.
Objetivos das Rotas
As rotas têm um duplo objetivo: aumentar a relação comercial entre Brasil e os países vizinhos e estreitar laços com a China. “Estamos muito mais próximos da China pelo Pacífico do que pelo Atlântico”, ressaltou Tebet, citando o investimento chinês no Porto de Chancay, no Peru, que encurta a distância entre a América do Sul e a China em pelo menos dez mil quilômetros.
A ministra também mencionou que o Brasil deve se adaptar à mudança do eixo econômico global, que se desloca para a Ásia. “Se quisermos garantir taxa de desemprego praticamente zero e tirar a população da miséria, o futuro é esse”, afirmou. O agronegócio, antes receoso, agora reconhece a importância da China como principal parceiro comercial.
Desafios e Parcerias
Tebet destacou a necessidade de parcerias de investimento para viabilizar o projeto ferroviário, já que o Brasil enfrenta limitações financeiras. “Precisamos dessa parceria de investimento brasileiro e estrangeiro”, disse. A China demonstrou interesse em colaborar, reconhecendo os benefícios mútuos.
A ministra também abordou a situação política na Argentina, onde o novo governo pode impactar as negociações. “A Argentina sabe a importância do Brasil. Se quiser desenvolvimento, precisa do Brasil”, concluiu Tebet, reafirmando a relevância do projeto para a integração regional.
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