Lula afirma que democracia avança apesar das dificuldades em evento no Rio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reabriu, nesta terça-feira, o Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, destacando a resistência da democracia brasileira. Durante a cerimônia, Lula afirmou que a democracia está “capenga”, mas ressaltou que a tentativa de golpe em 2022 e 2023 não resultou em uma ruptura democrática.

O evento ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réus mais dez investigados no caso relacionado aos eventos de 8 de janeiro. Lula enfatizou que a sociedade rejeitou a tentativa de golpe e que, com o apoio de todos, o Brasil não enfrentará mais essa ameaça. O Palácio Capanema, fechado por dez anos, passou por um investimento de R$ 84,3 milhões para restauração e modernização, com foco na preservação de sua estrutura.

Restauração e Cultura

O presidente criticou a proposta de venda do palácio durante a gestão anterior de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o governo anterior "odeia a cultura" e prefere "armas a livros". Lula destacou a importância da cultura e da arte para a identidade do povo brasileiro. As obras de restauração começaram em fevereiro de 2019 e incluíram melhorias nas instalações elétricas, hidráulicas e de combate a incêndios.

O Palácio Capanema será aberto ao público e abrigará atividades culturais, além de escritórios do Ministério da Cultura (MinC). A partir do segundo semestre, um restaurante será inaugurado no terraço, oferecendo uma vista panorâmica do Centro do Rio.

Homenagens e Reconhecimentos

Durante a cerimônia, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, recebeu a Ordem do Mérito Cultural no grau Grã-Cruz, a mais alta honraria do setor. Ao todo, 112 pessoas e 14 instituições foram condecoradas, incluindo artistas renomados como Fernanda Torres e Walter Salles. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também estiveram presentes.

Lula reafirmou o compromisso do governo com a promoção da cultura, que foi negligenciada anteriormente. Ele destacou que a diversidade cultural é essencial e deve ser celebrada e preservada, marcando um novo capítulo para a cultura no Brasil.