Política

Argentina revive memória de desaparecidos enquanto enfrenta desafios políticos atuais

Desfinanciamento de locais de memória histórica na Argentina gera preocupações sobre a repetição de práticas autoritárias sob Javier Milei.

Beatriz Rossi, familiar de desaparecidos argentinos, no restaurante 'Perón Perón' de Madrid. (Foto: Jaime Villanueva)

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Beatriz Rossi, esposa de um desaparecido durante a ditadura argentina, expressou suas preocupações sobre o desfinanciamento de locais de memória histórica sob o governo de Javier Milei. Em entrevista, ela relembrou a repressão que resultou em mais de 30.000 desaparecidos entre 1976 e 1983, destacando a importância de preservar a memória histórica.

Rossi recordou a desaparição de seu marido, Juan Gregorio Salcedo, em 12 de junho de 1976, quando ele foi sequestrado por militares. Na época, Goyo, como era conhecido, tinha apenas 29 anos. A esposa, que se tornou querelante no julgamento dos crimes da Junta Militar, afirmou que a luta pela verdade continua. "Nunca apareceu. O que supomos é que o mataram", disse.

A atual administração, segundo Rossi, está desmantelando os esforços de memória. "Estão desfinanciando tudo. As mães têm dados científicos que ajudam a identificar desaparecidos", afirmou. Ela criticou o governo por questionar a verdade histórica e os números de desaparecidos, chamando os líderes de negacionistas.

Rossi também comentou sobre a recente manifestação em 24 de março, que foi unificada e atraiu uma grande multidão. "O inimigo é claro: Milei", declarou. Ela expressou medo com a repetição de práticas autoritárias, como a repressão a manifestações e a precarização de direitos trabalhistas e sociais.

Sobre a vitória de Milei, Rossi acredita que a falta de informação e a insatisfação popular contribuíram para sua ascensão. "Se tivéssemos dado o que as pessoas realmente precisavam, ele não teria ganhado", concluiu.

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