Política

Manaus enfrenta dilema do aterro com biometano e empresa teme perder R$ 200 milhões

Manaus enfrenta um grave desafio na gestão de resíduos, com um aterro sanitário em funcionamento que não cumpre normas ambientais e que deve ser encerrado em 2028. A Marquise Ambiental, que investiu R$ 200 milhões em um novo aterro, aguarda a assinatura de contrato com a prefeitura para dar início à operação. Localizado a 40 quilômetros da capital e a 200 metros de um igarapé, o novo aterro já possui licença ambiental, mas enfrenta oposição devido ao potencial de contaminação. A prefeitura, responsável pelo aterro atual, obteve uma decisão judicial que permite sua continuidade até 2028, apesar do acúmulo crescente de lixo. A Marquise Ambiental planeja investir mais R$ 70 milhões na instalação de equipamentos para a produção de biometano, um combustível sustentável. O diretor presidente da empresa, Hugo Nery, enfatiza a relevância do biometano para a descarbonização da indústria. Contudo, a resistência da população e de especialistas em relação à localização do aterro é forte. A professora Carla Torquato, da Universidade do Estado do Amazonas, ressalta que a bacia do Tarumã Açu é um símbolo para os manauaras, e a assinatura do contrato pode impactar negativamente a imagem de políticos. O vereador Zé Ricardo (PT) também critica a escolha do local, expressando preocupações sobre a poluição do igarapé. Além disso, a Marquise Ambiental já enfrenta críticas pela coleta de resíduos em Manaus, que apresenta problemas nas ruas. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) afirma que o licenciamento do novo aterro seguiu todos os procedimentos legais, mas a desconfiança continua. A situação se complica com a intenção do grupo Norte Ambiental de instalar um novo aterro na região. A Marquise Ambiental, por sua vez, não planeja solicitar indenização à prefeitura pela demora na assinatura do contrato, reafirmando seu compromisso com a gestão de resíduos em Manaus. **Linha fina:** A resistência à localização do novo aterro em Manaus intensifica o debate sobre a gestão de resíduos e a proteção ambiental.

Foto:Reprodução

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Manaus enfrenta um dilema na gestão de resíduos, com um aterro sanitário em operação que não atende às normas ambientais e deve ser fechado em 2028. A Marquise Ambiental, que investiu R$ 200 milhões em um novo aterro, aguarda a assinatura de contrato com a prefeitura para iniciar a operação.

O novo aterro, localizado a 40 quilômetros da capital e a 200 metros de um igarapé, já possui licença ambiental, mas enfrenta resistência devido ao risco de contaminação. A prefeitura, que administra o aterro atual, conseguiu uma decisão judicial para mantê-lo em funcionamento até 2028, mesmo com a crescente pilha de lixo.

A Marquise Ambiental planeja investir mais R$ 70 milhões na instalação de equipamentos para gerar biometano, um combustível limpo. O diretor-presidente da empresa, Hugo Nery, destaca a importância do biometano para a descarbonização da indústria. No entanto, a resistência da população e de especialistas em relação à localização do novo aterro é significativa.

A professora doutora Carla Torquato, da Universidade do Estado do Amazonas, aponta que a bacia do Tarumã-Açu é simbólica para os manauaras, e a assinatura do contrato pode prejudicar a imagem de políticos. O vereador Zé Ricardo (PT) também critica a escolha do local, afirmando que a população teme pela poluição do igarapé.

Além disso, a Marquise Ambiental já enfrenta críticas pela coleta de resíduos em Manaus, marcada por problemas nas ruas. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) defende que o licenciamento do novo aterro seguiu todos os procedimentos legais, mas a desconfiança persiste.

O impasse é agravado pela intenção do grupo Norte Ambiental de instalar um novo aterro na região. A Marquise Ambiental, por sua vez, não considera pedir indenização à prefeitura pela demora na assinatura do contrato, reafirmando seu compromisso com a gestão de resíduos em Manaus.

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