Política

Gilmar Mendes propõe projeto para reintegrar sindicatos na homologação de rescisões trabalhistas

Ministro Gilmar Mendes propõe reintegração dos sindicatos na homologação de rescisões para reduzir litígios trabalhistas, que atingem recorde em 2023.

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está articulando um projeto de lei para reintegrar os sindicatos na homologação de rescisões de contratos de trabalho. A proposta visa reduzir o número de litígios na Justiça do Trabalho, que atingiu 4,19 milhões de novos processos em 2023, um aumento de 28,7% em relação ao ano anterior.

A reforma trabalhista de 2017 excluiu os sindicatos desse processo, o que, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), aumentou a litigância. Ele afirma que, sem a representação sindical, muitos trabalhadores assinam rescisões e depois contestam na Justiça. Mendes defende a conciliação prévia entre empregado e empregador para evitar a judicialização.

O projeto, protocolado por Paulinho da Força, deve tramitar rapidamente no Congresso. Ele propõe que a homologação das rescisões tenha a assistência obrigatória dos sindicatos, podendo ocorrer presencialmente ou por meio digital. Se houver divergência nas verbas devidas, o empregador terá 60 dias para apresentar uma proposta de conciliação. Caso não haja acordo, a homologação servirá como petição inicial para reclamação trabalhista.

Além disso, o projeto estabelece que trabalhadores com salário anual inferior a R$ 36.432 poderão questionar erros no pagamento das verbas rescisórias na Justiça. Aqueles com salários superiores só poderão entrar com ações se fizerem ressalvas na homologação, que deve contar com a assistência do sindicato. O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destaca que a judicialização custa R$ 10 bilhões anuais aos bancos.

A proposta foi discutida em um jantar com parlamentares e visa criar uma agenda legislativa positiva, evitando pautas que possam agravar a crise entre os Poderes. Mendes já havia considerado um erro a exclusão da necessidade de conciliação, que foi derrubada pelo STF em 2018.

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