Política

Governo adia implementação de portaria que restringe trabalho em feriados

Ministério do Trabalho pode adiar portaria que exige convenção coletiva para funcionamento em feriados, gerando polêmica entre entidades.

Comércio na Saara: portaria afeta atividades. (Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo)

Comércio na Saara: portaria afeta atividades. (Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo)

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) está avaliando adiar a implementação da portaria 3.665/2023, que exige convenção coletiva para o funcionamento de estabelecimentos em feriados. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de julho, gerou divisões entre deputados e entidades sindicais.

A portaria, editada no final de 2023, determina que supermercados, farmácias e lojas de departamento só poderão abrir em feriados com autorização expressa em convenção coletiva. Atualmente, o trabalho em feriados é acordado diretamente entre empregado e empregador. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou estar aberto ao diálogo com as entidades, buscando um consenso.

Entidades empresariais criticam a portaria, alegando que ela traz burocracia, custos e insegurança jurídica. Alfredo Cotait, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), expressou sua oposição, afirmando que a medida fere a Lei de Liberdade Econômica. A Fecomércio-RJ também manifestou preocupações, mas vê a possibilidade de fortalecer a negociação coletiva.

Por outro lado, representantes de trabalhadores defendem a portaria como uma reafirmação da legislação existente, garantindo que o trabalho em feriados seja negociado e compensado adequadamente. Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, destacou que a portaria protege os direitos dos trabalhadores.

Divisão no Congresso

No Congresso, a proposta divide opiniões. A deputada Bia Kicis (PL-DF) apresentou um projeto para derrubar a portaria, argumentando que ela contraria a autonomia das partes. Em contrapartida, o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) defendeu a exigência de convenção coletiva, afirmando que foi um consenso entre trabalhadores e empregadores.

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) ressaltou a importância de respeitar as realidades regionais, enquanto o deputado Zé Neto (PT-BA) pediu diálogo, considerando as diferentes situações de cada município. A discussão sobre a regulamentação do trabalho em feriados continua a gerar debates acalorados entre as partes envolvidas.

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