Política

Trump provoca incertezas no Panamá com ameaças sobre o Canal e críticas a Carter

Em 2019, o embaixador panamenho Juan De Dianous evitou discussões com Trump. Trump criticou a entrega do Canal do Panamá, sugerindo ação militar. As declarações de Trump geraram incertezas sobre suas intenções na região. A influência da China no Panamá aumentou, complicando a situação. Autoridades panamenhas buscam diálogo, mas enfrentam falta de comunicação.

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Em 2019, o novo embaixador do Panamá, Juan De Dianous, recebeu instruções rigorosas antes de se encontrar com o então presidente dos EUA, Donald Trump: não discutir questões críticas. O encontro, planejado como uma simples foto, tomou um rumo inesperado quando Trump mencionou que havia “muitos crooks” no Panamá. De Dianous, que faleceu em 2021, nunca buscou destacar esse momento, mas a história foi confirmada por ex-oficiais do governo panamenho. Recentemente, Trump reacendeu a discussão sobre o Canal do Panamá, criticando a decisão de Jimmy Carter de entregá-lo ao Panamá e insinuando a possibilidade de uma intervenção militar.

As declarações de Trump geraram incertezas entre autoridades panamenhas e cidadãos, que se perguntam sobre suas intenções. Jorge Quijano, ex-administrador da Autoridade do Canal do Panamá, descreveu Trump como um “mágico”, sugerindo que suas palavras podem ter significados ocultos. Enquanto isso, o presidente panamenho, José Raúl Mulino, respondeu às críticas de Trump, buscando redirecionar a comunicação para canais diplomáticos adequados. A falta de diálogo direto com a nova administração dos EUA deixou um vácuo que alimenta especulações sobre as verdadeiras motivações de Trump.

Trump tem uma longa história de desdém pelo Panamá, que remonta a sua experiência com o concurso de Miss Universo em 2003 e a construção de um hotel que enfrentou litígios. Em 2011, ele afirmou que os EUA “estupidamente” devolveram o canal ao Panamá, o que gerou indignação local. Apesar de suas críticas, durante seu primeiro mandato, Trump não nomeou um embaixador para o Panamá, deixando a diplomacia nas mãos de funcionários de carreira. A crescente influência da China na região, especialmente após o Panamá romper laços com Taiwan, também preocupa Trump, que vê os portos operados por uma empresa de Hong Kong como uma ameaça.

A atual administração do canal, liderada por Ilya Espinosa de Marotta, refutou as alegações de Trump sobre tarifas mais altas para navios americanos, afirmando que as regras do canal são ditadas por tratados que garantem tarifas justas. Marotta enfatizou que o canal é um negócio vital para a economia panamenha, retornando R$ 2,4 bilhões ao governo no último ano fiscal. A tensão em torno do canal reflete uma luta mais ampla pela soberania do Panamá, que ainda carrega as cicatrizes de sua história sob controle americano. Quijano e outros panamenhos afirmam que a soberania do canal é inegociável e que qualquer tentativa de intervenção militar seria firmemente contestada.

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