Política

Trump afirma que a China controla o Canal do Panamá e promete retomar a gestão da via

Donald Trump reafirmou intenção de retomar controle do Canal do Panamá, desafiando soberania panamenha. A China, embora presente na região, não controla o canal, que é administrado pelo Panamá. Especialistas alertam que ações agressivas dos EUA podem fortalecer influência chinesa na América Latina. Trump critica taxas de embarcações americanas, alegando que são "uma piada completa". A soberania panamenha é inegociável; uma invasão dos EUA prejudicaria relações na região.

Navio de carga atravessa as eclusas de Miraflores, última parte do Canal do Panamá antes que as embarcações cheguem ao Pacífico, na Cidade do Panamá (Foto: Alejandro Cegarra/The New York Times)

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou em sua posse que pretende retomar o controle do Canal do Panamá, sugerindo até o uso de força militar para isso. O canal, que possui 82 quilômetros e foi inaugurado em 1914, é administrado pelo Panamá desde 1999. Trump afirmou que a China opera a via, o que foi contestado pelo presidente panamenho, José Raúl Mulino, que reafirmou que o canal "é e continuará sendo do Panamá".

Anualmente, cerca de 14 mil navios transitam pelo Canal do Panamá, que serve como um importante atalho entre os oceanos Pacífico e Atlântico. Trump já havia insinuado, em postagens anteriores, que soldados chineses operam ilegalmente na área, alegações que foram negadas por autoridades do Panamá e da China. A administração do canal é feita pela Autoridade do Canal do Panamá, uma entidade estatal sem vínculos diretos com Pequim.

Desde que o Panamá estabeleceu relações com a China em 2017, a presença chinesa na região aumentou, com investimentos significativos em infraestrutura. Em 2024, a China foi responsável por 21,4% do volume de carga que passou pelo canal, tornando-se o segundo maior usuário, atrás dos EUA. Apesar das preocupações levantadas por Trump sobre a influência chinesa, especialistas afirmam que a soberania do Panamá sobre o canal é inegociável e que a presença da China não implica controle sobre a via.

A retórica de Trump levanta questões sobre a relação entre os EUA e o Panamá, com analistas sugerindo que uma abordagem agressiva poderia fortalecer a influência da China na região. As críticas de Trump às taxas pagas por embarcações americanas e suas ameaças de intervenção militar são vistas como estratégias de pressão, mas especialistas acreditam que o foco deve ser em manter boas relações com o Panamá, em vez de recorrer a ações militares.

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