20 de jan 2025
Presidente do Panamá reafirma: 'Canal é e continuará sendo do Panamá', em resposta a Trump
O presidente panamenho, José Raúl Mulino, reafirmou a soberania do Panamá sobre o canal. Donald Trump, em seu discurso de posse, ameaçou retomar o controle do canal. Mulino rejeitou alegações de interferência chinesa na administração do canal. A operação do canal é crucial, com cerca de 6% do comércio global passando por ele. A tensão pode afetar a geopolítica na América Latina, especialmente com a Venezuela.
Navio aguarda sua vez de atravessar o Canal do Panamá: mais de metade da carga de containers que circula entre a Ásia e a Costa Leste dos EUA passa pela hidrovia panamenha. (Foto: Federico Rios/The New York Times)
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O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reafirmou nesta segunda-feira, 20, que o Canal do Panamá "é e continuará sendo do Panamá", em resposta ao discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mulino rejeitou as alegações de Trump sobre a presença de controle chinês no canal e afirmou que "não há nenhuma nação no mundo que interfira em nossa administração". O presidente panamenho destacou que a gestão do canal permanece sob controle panamenho, respeitando sua neutralidade permanente.
Trump, durante seu discurso, criticou a administração panamenha, alegando que os navios americanos estão sendo "severamente sobrecarregados" e que o Panamá violou acordos de tratados que exigem neutralidade nas operações do canal. Ele insinuou que o canal deveria ser "retomado" pelos Estados Unidos, afirmando que "não o demos à China, nós o demos ao Panamá". Essas declarações geraram preocupação sobre possíveis repercussões geopolíticas e militares na região.
Mulino enfatizou que a posse do canal é resultado de "lutas geracionais" e que a soberania do Panamá deve ser respeitada. Ele pediu diálogo para esclarecer os pontos levantados por Trump, sem comprometer os direitos e a propriedade do Panamá sobre o canal. A Autoridade do Canal do Panamá não comentou as observações do presidente americano.
A situação é delicada, pois o canal é uma rota vital para o comércio global, com cerca de 5% do comércio mundial transitando por suas águas. A administração panamenha, que opera o canal desde 1999, tem se mostrado capaz de gerenciar a passagem, que é crucial para a economia do país e para o comércio internacional, especialmente entre os Estados Unidos e a China.
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