Política

Trump acusa China de controlar o Canal do Panamá e ameaça retomar o controle militarmente

Donald Trump propõe retomar controle do Canal do Panamá, alegando influência chinesa. O canal, vital para o comércio global, é administrado pela Autoridade do Canal do Panamá. Empresas chinesas investem em infraestrutura, enquanto EUA não atendem demandas panamenhas. Taxas de trânsito aumentaram devido a fatores como seca, não por manipulação chinesa. A relação EUA Panamá é forte, mas falta investimento americano em infraestrutura local.

Navio navega pelo Canal do Panamá na Cidade do Panamá em 10 de janeiro de 2024 (Foto: Alejandro Cegarra/The New York Times)

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Desde a sua eleição, Donald Trump tem afirmado que pretende retomar o controle do Canal do Panamá, sugerindo até mesmo o uso de força militar. Ele argumenta que a China exerce controle sobre a via, o que, segundo ele, violaria os acordos de neutralidade. Contudo, não há evidências que sustentem essa alegação. O canal é administrado pela Autoridade do Canal do Panamá, uma entidade estatal, enquanto a presença chinesa na região tem crescido, especialmente em projetos de infraestrutura.

Inaugurado em 1914, o Canal do Panamá é crucial para o comércio marítimo global, com cerca de 6% do comércio mundial transitando por suas águas. Aproximadamente 14 mil navios utilizam a rota anualmente, conectando 1.920 portos ao redor do mundo. Trump, em sua posse, declarou: “A China opera o Canal do Panamá, e não demos ele à China, demos ao Panamá. E vamos recuperá-lo”. A crescente influência chinesa é evidenciada pela administração de portos estratégicos na região, como Balboa e Cristóbal, pela Panama Ports Company, subsidiária da Hutchison Ports.

A relação do Panamá com a China se intensificou após o rompimento diplomático com Taiwan em 2017, quando o país reconheceu o modelo chinês. Desde então, a China tem investido em projetos significativos, incluindo um porto de cruzeiros de US$ 206 milhões e uma nova ponte sobre o canal, avaliada em US$ 1,3 bilhão. O governo Trump expressa preocupações sobre a possibilidade de esses portos serem utilizados para obstruir o comércio internacional em um cenário de conflito com a China.

Embora Trump critique as taxas de trânsito do canal, que aumentaram devido a uma fórmula que considera diversos fatores, a seca em 2023 e 2024 também impactou a capacidade de navegação, levando a Autoridade do Canal a elevar os preços. Especialistas apontam que a falta de investimento americano em infraestrutura no Panamá abriu espaço para a presença chinesa. Segundo analistas, os tratados de 1977, que transferiram o controle do canal ao Panamá, permitem que os EUA usem força militar para proteger a via, mas essa possibilidade é vista como uma manobra política por especialistas.

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