Política

Abuelas de Plaza de Mayo se prepara para a nova geração de defensores da identidade

As Abuelas de Plaza de Mayo, fundadas na década de 1970, buscam netos sequestrados. Estela de Carlotto celebrou a restituição da neta 139 em evento simbólico. Apenas três fundadoras permanecem vivas, destacando a transição geracional. A organização enfrenta desafios financeiros e negacionismo crescente no país. Netos assumem liderança, com cerca de 300 ainda sem identidade conhecida.

Estela de Carlotto (centro) e Buscarita Roa, presidenta e vice-presidente das Abuelas de Plaza de Mayo, sorriem em 27 de dezembro passado após atualizar na Casa de Memória o contador de netos recuperados. (Foto: Tomas Cuesta/REUTERS)

Estela de Carlotto (centro) e Buscarita Roa, presidenta e vice-presidente das Abuelas de Plaza de Mayo, sorriem em 27 de dezembro passado após atualizar na Casa de Memória o contador de netos recuperados. (Foto: Tomas Cuesta/REUTERS)

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As Abuelas de Plaza de Mayo, que começaram sua luta nos anos oitenta, continuam a buscar a verdade sobre seus netos, muitos dos quais foram sequestrados durante a ditadura argentina. Com o passar dos anos, a organização adaptou suas estratégias, utilizando redes sociais para se conectar com os bisnetos, na esperança de que eles procurem por suas identidades. Atualmente, apenas três das fundadoras permanecem vivas, e a presidente Estela de Carlotto, de 94 anos, celebrou a restituição da neta 139, enfatizando a urgência da busca e a necessidade de continuidade da luta.

O processo de sucessão dentro da organização começou em 2011, quando um neto foi integrado à comissão diretiva. Manuel Gonçalvez, que se tornou o neto recuperado número 57, agora é o diretor executivo da Comissão Nacional por el Derecho a la Identidad (Conadi). Ele destaca que o maior desafio será a ausência das Abuelas, cuja presença e clamor por justiça são insubstituíveis. Buscarita Roa, vice-presidente da organização, expressou a urgência de encontrar os netos desaparecidos antes que as Abuelas se vão.

Atualmente, a estrutura da organização conta com profissionais e netos que compartilham suas experiências para manter viva a memória dos desaparecidos. Leonardo Fossati, coordenador de um espaço de memória, alerta para os desafios enfrentados, como o negacionismo promovido pelo governo atual, que impacta o financiamento e a visibilidade da causa. As Abuelas enfrentam dificuldades financeiras, sem receber apoio do governo desde 2024, o que leva os netos a buscar ajuda internacional, semelhante ao que foi feito nas décadas de setenta e oitenta.

A luta das Abuelas é uma questão de identidade e memória coletiva. A organização estima que cerca de 300 netos ainda desconhecem sua verdadeira identidade. Os netos reconhecem a importância de continuar o trabalho das Abuelas e se comprometem a manter viva a busca pela verdade. A mensagem é clara: a luta pela justiça e pela memória dos desaparecidos deve continuar, independentemente da presença física das fundadoras.

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