Política

Série 'El Eternauta' reativa busca por netos desaparecidos de criador argentino

Série "El Eternauta" na Netflix reativa busca por netos de seu criador, desaparecidos na ditadura argentina. Direitos humanos pedem ajuda.

Cartazes com as fotografias dos desaparecidos, colocados na publicidade de El Eternauta nas ruas de Buenos Aires. (Foto: H.I.J.O.S. Capital | Vídeo: netflix)

Cartazes com as fotografias dos desaparecidos, colocados na publicidade de El Eternauta nas ruas de Buenos Aires. (Foto: H.I.J.O.S. Capital | Vídeo: netflix)

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A série "El Eternauta", lançada na Netflix, trouxe à tona a busca por dois netos de Héctor Germán Oesterheld, criador da obra, desaparecidos durante a última ditadura argentina (1976-1978). Oesterheld, sequestrado junto com suas filhas, teve sua família dizimada por conta de sua militância política.

A campanha das organizações de direitos humanos, como H.I.J.O.S. (Hijos e Hijas por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio), visa encontrar a identidade dos netos que podem ter nascido em cativeiro. Diana Oesterheld, uma das filhas, estava grávida quando foi sequestrada em agosto de mil novecentos e setenta e sete. O outro neto é filho de Marina Oesterheld, que também estava prestes a dar à luz quando foi capturada.

A série, protagonizada por Ricardo Darín, gerou um novo impulso na busca por esses jovens, que fazem parte dos cerca de quinhentos bebês roubados durante a ditadura. As Abuelas de Plaza de Mayo, que buscam incansavelmente por esses netos, foram mencionadas na campanha que se intensificou com o lançamento da série. A organização fez um apelo nas redes sociais, questionando se alguém que assistia à série poderia ter nascido nas datas relacionadas aos sequestros.

Giselle Tepper, integrante da H.I.J.O.S., destacou que ambos os casos permanecem abertos e que a expectativa é encontrar pistas que ajudem a localizar os desaparecidos. Desde o início das buscas, a identidade de cento e trinta e nove netos foi restituída, mas ainda faltam mais de trezentos.

A recuperação da história da família Oesterheld é um reflexo de muitas outras vítimas do terrorismo de Estado na Argentina. Cartazes da série foram alterados nas ruas, trazendo fotos do guionista e suas filhas, reforçando a memória coletiva e a luta por justiça. A busca por identidade e verdade continua, especialmente em um contexto político atual que nega os crimes da ditadura.

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