17 de fev 2025
ELN decreta 'greve armada' em Chocó e população enfrenta crise de violência na Colômbia
O Exército de Libertação Nacional (ELN) declarou "greve armada" em Chocó. A paralisação afetará transporte, aulas e serviços essenciais por 72 horas. Governadora Nubia Córdoba pediu intervenção do governo para restaurar a ordem. Conflito entre ELN e Clã do Golfo intensificou a violência na região. O governo colombiano enviou 10 mil soldados após ataque em Catatumbo.
Membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) durante treino na selva (Foto: Raul ARBOLEDA / AFP)
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O Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciou uma "greve armada" que começará na próxima terça-feira no departamento de Chocó, na Colômbia. A medida, que durará 72 horas, resultará no confinamento da população, com a suspensão de transporte e circulação nas vias públicas, conforme relatou a governadora Nubia Córdoba. Ela também informou que as aulas serão interrompidas em áreas sob influência da guerrilha e que não haverá abastecimento de alimentos, medicamentos ou serviços de saúde.
A decisão do ELN é uma resposta a uma suposta aliança entre o Exército colombiano e o Clã do Golfo, a principal organização narcotraficante do país. Desde fevereiro, os dois grupos têm se confrontado na região, e a sociedade civil denunciou a instalação de minas em várias áreas. Antes da greve, cerca de 3.500 pessoas foram deslocadas e 2 mil famílias ficaram confinadas em cinco municípios rurais de Chocó, segundo a Fundação Paz e Reconciliação (Pares).
O anúncio da greve ocorre em um contexto de crescente violência na Colômbia, com a atual ofensiva militar do governo contra o ELN na fronteira com a Venezuela. Essa operação foi iniciada em janeiro, após um ataque violento da guerrilha que resultou em várias mortes de civis e dissidentes das extintas Farc. A situação é considerada a mais grave em uma década, com pelo menos 57 mortos, oito desaparecidos e mais de 50 mil deslocados.
Desde 2022, o ELN tem negociado um acordo de paz com o governo do presidente Gustavo Petro, mas a escalada de violência em Catatumbo levou à suspensão das negociações e ao envio de mais de 10 mil soldados para a região. As autoridades locais pedem uma intervenção do governo para restaurar a ordem e proteger os cidadãos afetados pela situação.
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