29 de jan 2025
Embaixada do Brasil em Kinshasa é atacada durante rebelião do grupo M23
A embaixada do Brasil em Kinshasa foi atacada, mas funcionários estão seguros. O grupo rebelde M23 capturou Goma e o aeroporto, resultando em mortes. A ONU pede o fim da ofensiva do M23, que é apoiado por Ruanda. O ataque às embaixadas reflete a escalada da violência na RDC. A situação pode reacender um conflito regional histórico por recursos minerais.
Manifestantes tomam as ruas de Kinshasa, na República Democrática do Congo, contra o conflito crescente no leste do país, onde avança o grupo rebelde M23. (Foto: Hardy Bope/AFP)
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A embaixada do Brasil em Kinshasa, na República Democrática do Congo, foi atacada em meio ao avanço do grupo rebelde M23, conforme informou o Itamaraty nesta terça-feira, 28. Apesar da violência, os funcionários da embaixada não foram feridos. O Ministério das Relações Exteriores ressaltou a inviolabilidade das missões diplomáticas e expressou confiança de que o governo congolês tomará as medidas necessárias para garantir a segurança das instalações diplomáticas.
Além da embaixada brasileira, outras representações, como as da França, Estados Unidos e Quênia, também foram alvos de ataques. O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, classificou os incidentes como “inaceitáveis”, enquanto o queniano Musalia Mudavadi expressou “profunda preocupação” com a segurança de sua embaixada. Esses ataques ocorreram após o M23 capturar Goma, uma das maiores cidades do país, o que provocou uma onda de protestos em Kinshasa.
O M23, que alega defender a população tutsi na RDC, intensificou suas ações desde o final de 2021, com apoio de Ruanda. A situação é considerada a maior escalada de violência desde 2012, com mais de cem mortos em conflitos recentes. A ONU já se manifestou, pedindo o fim das hostilidades e destacando que o grupo estaria violando acordos de cessar-fogo.
O Conselho de Segurança da ONU também expressou apoio à mediação entre a RDC e Ruanda, liderada pelo presidente angolano João Lourenço. A ONU alertou que a expansão territorial do M23 compromete os esforços para uma solução pacífica e duradoura para o conflito, que já dura três décadas e é alimentado por disputas sobre recursos minerais na região.
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