05 de fev 2025
Detainees do Estado Islâmico em prisão na Síria afirmam não saber nada do mundo atual
O Gweiran Prison, agora Panorama, abriga 4.500 detentos do Estado Islâmico. A segurança das prisões aumentou após a queda de Assad, com armas capturadas. O comandante da SDF alertou sobre possíveis ataques a instalações de detenção. Autoridades turcas ofereceram ajuda na gestão das prisões, mas SDF rejeitou. Detainees aguardam julgamento, com relatos de condições precárias e isolamento.
Um homem acusado de ser um combatente do Estado Islâmico (ISIS) enquanto outros estão dentro de uma cela na prisão de Gweiran, administrada pelas Forças Democráticas Sírias, agora chamada de Panorama, em Hassakeh, no nordeste da Síria, na sexta-feira, 31 de janeiro de 2025. (Foto: Bernat Armangue/AP)
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Em Hassakeh, na Síria, cerca de 4.500 detentos ligados ao grupo extremista Estado Islâmico (IS) permanecem em condições precárias no que era a prisão Gweiran, agora chamada Panorama. A instalação, que abriga prisioneiros de diversas nacionalidades, tem sido alvo de crescente atenção após a queda do regime de Bashar Assad em dezembro de 2024, resultando em novas pressões sobre os centros de detenção que mantêm aproximadamente 9.000 membros do IS sem julgamento. A segurança da prisão é garantida pelas Forças Democráticas Sírias (SDF), que capturaram a última área controlada pelo IS em março de 2019.
O comandante das SDF, Mazloum Abdi, alertou que, após a queda de Assad, os membros do IS conseguiram armas em áreas abandonadas por forças leais ao ex-presidente. Um oficial de segurança das SDF, que pediu anonimato, expressou preocupação com possíveis ataques a instalações de detenção. Durante uma visita à prisão, o comandante do Comando Central dos EUA, Gen. Michael Erik Kurilla, descreveu os detentos como um “exército literal e figurativo do IS em detenção”.
Os prisioneiros, como Maher, um enfermeiro australiano, relataram suas experiências, afirmando que estão detidos há sete anos sem julgamento. Maher, que se entregou durante a abertura de um corredor humanitário, expressou seu desejo de retornar à Austrália e lamentou a falta de notícias sobre sua família, que está em um campo para familiares de membros do IS. Outro detento britânico, que pediu para não ser identificado, afirmou que deseja voltar ao Reino Unido para ser julgado, ressaltando a dificuldade de deixar o IS uma vez que se entra.
A segurança das prisões é uma preocupação crescente, especialmente após um ataque em janeiro de 2022, que resultou em 500 mortes. Embora a SDF tenha enfrentado conflitos com combatentes apoiados pela Turquia, o comandante Abdi afirmou que a solução para a situação das prisões deve ser encontrada dentro da Síria, sem a intervenção turca. A situação dos detentos continua incerta, com muitos aguardando notícias sobre seu futuro em um ambiente de total isolamento.
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