10 de fev 2025
Cuba registra quase mil violações à liberdade religiosa em 2024, aponta ONG
Em 2024, Cuba registrou 996 atos contra a liberdade religiosa, um aumento significativo. O Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) denunciou assédio a líderes religiosos. Igrejas independentes, principalmente evangélicas, enfrentam repressão e multas. Miguel Díaz Canel suspendeu compromisso de libertação de prisioneiros políticos. Clima de restrições afeta trabalho social de mais de 60 igrejas sem reconhecimento.
Foto: Reprodução
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Em 2024, pelo menos 996 atos contra a liberdade religiosa foram registrados em Cuba, segundo o Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH). Este número representa um aumento em relação ao ano anterior e evidencia um cenário persistente de violações dos direitos religiosos, apesar da propaganda do governo. A ONG destacou que as liberdades religiosas continuam sendo severamente restringidas, especialmente para as igrejas independentes, predominantemente evangélicas, que enfrentam assédio constante.
O OCDH apontou que as limitações legais e burocráticas impostas às igrejas não reconhecidas pelo governo impactam diretamente os cidadãos, que frequentemente buscam apoio nas comunidades cristãs, especialmente após desastres naturais. As igrejas independentes, que não têm reconhecimento oficial, são alvo de vigilância e repressão por parte da Segurança do Estado, o que contrasta com a imagem de um Estado secular e tolerante proclamada pelo governo.
Entre as violações mais comuns estão a proibição de participação em missas, multas a líderes religiosos e a negação de assistência religiosa a presos políticos. Líderes de igrejas que realizam trabalhos sociais significativos frequentemente enfrentam ameaças legais e confiscos. As relações entre o regime e as comunidades religiosas estão tensas, exacerbadas por críticas nas redes sociais sobre a situação de direitos humanos em Cuba.
Atualmente, existem mais de 60 igrejas e ministérios cristãos sem reconhecimento legal no país. O OCDH também ressaltou que diversos presos políticos cristãos não receberam assistência religiosa. A falta de reconhecimento estatal dificulta o trabalho social dessas comunidades, incluindo a abertura de contas bancárias e a contratação de funcionários. Em 2025, o presidente Miguel Díaz-Canel prometeu libertar 553 prisioneiros, mas o processo permanece suspenso e carece de transparência.
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