Política

Israel ignora prazo de retirada e Líbano denuncia ‘ocupação’ de seu território

Israel ignora prazo de retirada do sul do Líbano, violando cessar fogo. Presença militar israelense é considerada ocupação pelo governo libanês. Hezbollah promete tratar tropas israelenses como força de ocupação. Acordo de trégua previa retirada até 18 de fevereiro, após prazos anteriores. Conflito resultou em 4 mil mortes no Líbano desde outubro de 2023.

Fumaça sobe durante bombardeio israelense na planície de Marjayoun, no sul do Líbano, dias após um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah entrar em vigor (Foto: AFP/AFP)

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Israel decidiu manter suas tropas em posições no sul do Líbano, apesar do prazo estipulado para a retirada, que se encerrava nesta terça-feira, 18 de fevereiro. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que o Exército permanecerá em uma zona tampão em cinco postos de controle para se proteger de possíveis violações do cessar-fogo pelo Hezbollah, o que já configura uma violação do acordo. Além disso, foram erguidos novos postos no lado israelense da fronteira e enviados reforços.

Em resposta, um porta-voz da Presidência libanesa declarou que qualquer presença israelense remanescente será considerada uma ocupação, permitindo ao governo libanês utilizar todos os meios necessários para garantir a retirada completa das tropas israelenses, conforme o acordo de trégua. O secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, também afirmou que a presença militar israelense após a data limite seria tratada como ocupação, enfatizando que "todo mundo sabe como uma ocupação é tratada".

O histórico de presença militar israelense no sul do Líbano remonta a 1982, quando o Hezbollah foi criado em resposta às invasões israelenses. Após 22 anos de ocupação, Israel retirou suas tropas em 2000. O acordo atual previa a retirada até 26 de janeiro, mas foi prorrogado para 18 de fevereiro. Na semana passada, Israel tentou uma nova extensão, que foi rejeitada pelos representantes libaneses no comitê de supervisão do cessar-fogo, que inclui autoridades dos Estados Unidos, França, Israel e Nações Unidas.

Desde o início da trégua, o Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED) registrou 330 ataques aéreos e bombardeios israelenses entre 27 de novembro e 10 de janeiro, resultando em cerca de 60 mortes, incluindo moradores que tentavam retornar às cidades fronteiriças. O conflito entre Israel e o Hezbollah teve início em 8 de outubro, quando o grupo libanês lançou ataques em apoio ao Hamas em Gaza, levando a uma intensificação das hostilidades que resultou em aproximadamente 4.000 mortes no Líbano desde outubro de 2023.

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