Política

Ataques na Síria deixam mais de mil mortos e intensificam tensões entre alauítas e governo

Emboscada em Latakia resultou em mais de 1.000 mortes em quatro dias. Novo governo interino, liderado por Ahmad Al Sharaa, enfrenta crescente violência. Acusações de execuções em massa surgem enquanto tentam um sistema inclusivo. Tensão entre sunitas e alauítas aumenta após a queda de Assad em dezembro. Comunidade internacional hesita em suspender sanções antes de reformas políticas.

Parentes e vizinhos choram durante o cortejo fúnebre de quatro membros das forças de segurança sírias mortos em confrontos com partidários do presidente deposto Bashar Assad na costa da Síria, na vila de Al-Janoudiya, a oeste de Idlib, sábado, 8 de março de 2025. (Foto: AP Photo/Omar Albam)

Parentes e vizinhos choram durante o cortejo fúnebre de quatro membros das forças de segurança sírias mortos em confrontos com partidários do presidente deposto Bashar Assad na costa da Síria, na vila de Al-Janoudiya, a oeste de Idlib, sábado, 8 de março de 2025. (Foto: AP Photo/Omar Albam)

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Uma emboscada de uma patrulha de segurança síria resultou em confrontos que, segundo um monitor internacional de guerra, causaram a morte de mais de 1.000 pessoas em quatro dias. A autoria do ataque permanece incerta, com a Federação de Alauítas na Europa responsabilizando as forças de segurança do governo, enquanto a administração síria afirma que os massacres foram provocados por um levante contra o regime de Bashar al-Assad. O ataque, ocorrido na quinta-feira (6) próximo à cidade portuária de Latakia, reacendeu as feridas da guerra civil que assola o país há 13 anos.

A recente violência é a pior desde dezembro, quando insurgentes do grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) derrubaram Assad. A contraofensiva contra os aliados de Assad na região costeira, predominantemente alauíta, resultou em grandes danos a cidades e vilarejos. Organizações de direitos humanos relataram assassinatos motivados por vingança, com militantes sunitas atacando a seita alauíta, independentemente de sua participação na insurgência. As tensões contra os alauítas, que governaram a Síria por mais de 50 anos, aumentaram após a queda de Assad.

Na última emboscada, grupos armados alauítas tomaram o controle de Qardaha, cidade natal de Assad, enquanto Damasco lutava para enviar reforços. O porta-voz do Ministério da Defesa, Coronel Hassan Abdel-Ghani, anunciou que as forças de segurança recuperaram a área e continuarão a caçar líderes insurgentes. Apesar dos apelos para interromper a violência, os confrontos resultaram na morte de vários civis, a maioria da comunidade alauíta, que vive na província costeira.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos reportou que 745 civis foram mortos, além de 125 membros das forças de segurança e 148 militantes pró-Assad. A eletricidade e a água potável foram cortadas em grandes áreas ao redor de Latakia. Grupos de direitos humanos afirmaram que as forças de segurança e os homens armados estavam realizando "execuções em massa". O novo governo interino, liderado por Ahmad Al-Sharaa, promete uma transição política inclusiva, mas céticos questionam a viabilidade dessa promessa. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu responsabilização pelos massacres e reafirmou o apoio às minorias religiosas na Síria.

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