09 de mar 2025
Presidente interino da Síria clama por ‘união’ após massacre de minoria alauita
Conflitos em Latakia resultaram em mil mortes, incluindo 745 civis. Massacre sectário foi perpetrado pelas forças de segurança contra alauitas. Alauitas, grupo minoritário, ocupavam altos cargos no governo anterior. Presidente interino, Ahmed al Shaara, pede unidade nacional em discurso. Conflito reflete tensões sectárias e resistência à nova administração fundamentalista.
Líder do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que comandou uma ofensiva para derrubada do regime de Bashar al-Assad, Abu Mohammed al-Jolani, na mesquita Umayyad, na Síria (08/12/2024). (Foto: Aref TAMMAWI/AFP)
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Os confrontos na Síria, que se intensificaram nos últimos três dias, resultaram em mil vítimas fatais, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Este número inclui pelo menos 745 civis e é classificado como um "massacre sectário" perpetrado pelas forças de segurança nas províncias de Lataika e Tartous, redutos da minoria alauita, que representa cerca de 15% da população síria. O governo atual, que se caracteriza por uma ideologia fundamentalista, está em uma campanha de repressão contra essa minoria, que historicamente ocupou posições de poder durante o regime de Bashar al Assad, deposto em dezembro após 14 anos no governo.
Os confrontos começaram na última quinta-feira em Latakia, quando alauitas leais a Assad atacaram as forças de segurança do novo governo, que possui raízes jihadistas. Essa escalada de violência foi marcada por um clima de vingança, refletindo a tensão entre as facções. O presidente interino da Síria, Ahmed al Shaara, fez um apelo por unidade nacional durante um discurso em Damasco, reconhecendo que os desafios atuais eram "previsíveis". Ele enfatizou a importância de preservar a paz civil e a convivência entre os diferentes grupos do país.
A situação nas regiões costeiras da Síria continua crítica, com a resistência alauita se intensificando frente à repressão do governo. As forças de segurança têm agido com brutalidade, exacerbando o clima de medo e incerteza entre a população civil. A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos eventos, que podem ter consequências significativas para a estabilidade da região.
As tensões sectárias na Síria, que já eram altas, agora se agravam com a atual administração, que se alinha a ideologias extremistas. O futuro do país permanece incerto, com a possibilidade de mais conflitos à medida que as divisões sectárias se aprofundam. A necessidade de diálogo e reconciliação é urgente, mas os desafios são imensos diante da escalada de violência e da polarização crescente.
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