11 de mar 2025
Massacre de alauitas na Síria: mais de mil mortos em ataques de apoiadores do governo
Mais de mil alauitas foram mortos em ataque de apoiadores do governo atual. O novo governo, liderado por Ahmed al Chareh, intensificou a violência sectária. Latakia, reduto alauita, sofreu severos ataques, resultando em muitas mortes civis. A minoria alauita, que representa 10% a 13% da população, enfrenta grande perseguição. A história da comunidade é marcada por lealdade ao regime de Bashar al Assad, mas há divisões internas.
Imagem mostra discussão entre manifestantes de ativistas sírios em Damasco; eles se reuniram por "luto pelos civis e policiais mortos" na costa da Síria, muitos deles da minoria alauita (Foto: AFP)
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Desde quinta-feira, 6 de junho, mais de mil alauitas foram mortos na Síria em um ataque atribuído a apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad, deposto em 2024. O novo governo, sob a liderança de Ahmed al-Chareh, lançou operações para capturar os responsáveis, resultando na morte de 273 combatentes armados e ao menos 745 civis da minoria alauita, que representa cerca de 10% a 13% da população síria.
O Ministério da Defesa anunciou o fim da operação militar contra os combatentes leais ao ex-ditador, que governou por 24 anos. A comunidade alauita, que se concentra principalmente na região costeira, especialmente em Latakia, tem suas raízes na etnia da família al-Assad. Em 2020, a Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA) estimou que 2,1 milhões de alauitas vivem na Síria.
Os alauitas, frequentemente considerados um segmento dos xiitas, incorporam elementos de outras religiões monoteístas, mas defendem que isso não desvia de sua identidade islâmica. Leonardo Paz Neves, analista da FGV, ressalta que a minoria não deve ser vista como um bloco monolítico que apoia o regime de Assad, destacando a diversidade interna da comunidade.
A Guerra Civil, iniciada em 2011, impactou severamente as famílias alauitas, com 60% a 70% dos homens jovens mortos ou feridos em combate. Em um manifesto de 2016, líderes alauitas questionaram Assad, enfatizando que a comunidade não deve ser responsabilizada pelos crimes do regime.
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