10 de abr 2025
Lula propõe união da Celac para enfrentar desafios impostos por potências globais
Lula convoca a Celac a unir forças contra a influência externa e propõe candidatura feminina à ONU em 2026, destacando a urgência da integração regional.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, em Honduras, que os líderes da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) deixem de lado suas diferenças políticas. O objetivo é coordenar ações em defesa da autonomia regional, integração econômica e combate à pobreza, especialmente em resposta às medidas do governo Trump, como as deportações em massa e tarifas comerciais que afetam a região.
Lula destacou que a história mostra que guerras comerciais não têm vencedores e enfatizou a necessidade de uma nova ordem global, onde a América Latina não seja vista como uma zona de influência de potências como os Estados Unidos e a China. Ele alertou que a região enfrenta um momento crítico, com desafios como miséria, exclusão social e fome, e que a autonomia está em risco devido a tentativas de restaurar antigas hegemonias.
O presidente sugeriu a intensificação da integração comercial entre os países da Celac, mencionando que o comércio do Brasil com a comunidade é de US$ 86 bilhões por ano, superando o volume de negócios com os Estados Unidos. Ele também propôs a criação de um grupo de trabalho para reformular as regras de funcionamento da Celac, a fim de evitar a paralisia causada pela necessidade de consenso nas decisões.
Além disso, Lula defendeu a adoção de uma candidatura feminina para o cargo de secretária-geral das Nações Unidas em 2026, uma proposta que enfrenta resistência de governos conservadores. A nona Cúpula da Celac, realizada em Tegucigalpa, decidiu que o Uruguai assumirá a presidência rotativa em 2026, após o mandato da Colômbia.
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