10 de abr 2025
Panama enfrenta tensão entre EUA e China sobre controle do canal estratégico
Panamá se torna palco de tensões entre EUA e China, enquanto busca acordo para passagem de navios da Marinha americana sem taxas.
Matias Delacroix/AP
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O Panamá, conhecido como "a ponte do mundo", enfrenta um aumento nas tensões entre os Estados Unidos e a China, especialmente em relação ao Canal do Panamá, vital para o tráfego de containers. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, alegou que a China controla secretamente o canal, o que levou a um clima de incerteza. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, refutou essas alegações, mas tomou medidas para apaziguar Washington, como a retirada do Panamá da iniciativa de investimento da China, a Rota da Seda.
Recentemente, o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reafirmou a soberania do Panamá sobre o canal, durante uma visita ao país. Ele declarou que "China não construiu este canal" e que os EUA, em parceria com o Panamá, garantirão a segurança do local. Hegseth também mencionou a possibilidade de reestabelecer bases militares dos EUA para proteger o canal, embora o ministro da Segurança do Panamá, Frank Ábrego, tenha negado essa possibilidade.
O governo panamenho está buscando um acordo que permita a passagem de navios da Marinha dos EUA sem taxas, em troca de segurança. O ministro das Assuntos do Canal, José Ramón Icaza, afirmou que a Autoridade do Canal do Panamá está disposta a encontrar um "mecanismo" para facilitar essa passagem a um "custo neutro". Essa negociação ocorre em um contexto onde os EUA pressionam por concessões, apesar de a lei panamenha exigir tarifas iguais para todos os países.
As tensões entre as duas potências estão se intensificando, e o Panamá, que não possui forças armadas, se vê em uma posição delicada. Enquanto o governo de Mulino tenta equilibrar as demandas dos EUA e a crescente influência da China, a situação continua a gerar incertezas e preocupações na região.
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