18 de abr 2025
Americanos relatam tortura e rebelião em prisão venezuelana antes de serem libertados
Seis ex detentos americanos relatam tortura psicológica e condições desumanas em prisões venezuelanas após negociações entre Trump e Maduro.
Gregory David Werber, que havia sido detido na Venezuela, em Tempe, Arizona: eles eram turistas americanos na esperança de se divertirem (Foto: Caitlin O'Hara / The New York Times)
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Ex-detentos americanos relatam tortura e rebelião em prisão venezuelana
Seis cidadãos americanos, libertados da Venezuela em janeiro, descreveram experiências de tortura psicológica e maus-tratos durante a prisão. As acusações envolvem guardas que usavam pseudônimos como “Hitler” e “Demônio”, além de condições desumanas nas celas.
Os ex-detentos relataram terem sido presos sob acusações de terrorismo e conspiração, muitas vezes enquanto entravam no país como turistas. A estratégia de Maduro envolve a detenção de estrangeiros para obter vantagens em negociações internacionais, como a suspensão de sanções dos Estados Unidos.
Em um relato detalhado ao The New York Times, os americanos descreveram espancamentos, agressões com spray de pimenta e o confinamento em celas de concreto. Um dos ex-detentos liderou uma rebelião, batendo nas paredes e incitando outros presos a protestar por liberdade.
A libertação dos seis americanos ocorreu após uma visita do enviado especial do governo Trump, Richard Grenell, a Caracas. A ação gerou críticas, com questionamentos sobre a legitimação do ditador Nicolás Maduro. O Departamento de Estado informou que trabalha para a libertação dos nove americanos que ainda estão presos na Venezuela.
A Venezuela detém, ao todo, pelo menos 68 estrangeiros, incluindo espanhóis, alemães e argentinos, além de cerca de 900 presos políticos venezuelanos. A estratégia de Maduro visa pressionar líderes globais a atenderem às suas demandas, como o reconhecimento de sua liderança e o fim das sanções.
Entre os detidos que permanecem na Venezuela estão Jonathan Pagan, proprietário de uma padaria, e Joseph St. Clair, veterano da Força Aérea que buscava tratamento para TEPT. Familiares dos detidos expressam preocupação com a saúde e o bem-estar dos seus entes queridos.
Os ex-detentos relataram que a prisão Rodeo 1 era comandada por um homem conhecido como “Tubarão”, e os guardas usavam pseudônimos. A experiência na prisão deixou marcas físicas e psicológicas nos ex-detentos, que agora se adaptam às suas novas vidas.
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