Política

Israel intensifica operações na Cisjordânia e provoca deslocamento em massa de palestinos

Cisjordânia enfrenta crise humanitária com deslocamento de 40 mil palestinos e temores de uma nova Nakba após ofensivas israelenses.

Soldados israelenses instalam portão de ferro na entrada do campo de Jenin, durante operação militar na Cisjordânia ocupada por Israel (Foto: Raneen Sawafta/Reuters)

Soldados israelenses instalam portão de ferro na entrada do campo de Jenin, durante operação militar na Cisjordânia ocupada por Israel (Foto: Raneen Sawafta/Reuters)

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A Cisjordânia enfrenta uma intensificação da presença militar israelense, especialmente em Jenin e Tulkarem, desde janeiro de 2025. Essa operação resultou na demolição de casas e no deslocamento de cerca de 40 mil palestinos, gerando temores de uma nova Nakba, termo que descreve a catástrofe de 1948.

Durante uma recente visita de repórteres do New York Times a Jenin, as ruas estavam desertas, com casas em ruínas e infraestrutura destruída. O Exército israelense anunciou a demolição de residências em Tulkarem para facilitar o acesso às forças e evitar o ressurgimento de grupos militantes. Muath Amarne, um estudante de 23 anos, expressou sua preocupação: “Estão tirando o meu futuro.”

As operações militares em Jenin e Tulkarem têm sido mais prolongadas do que em anos anteriores. O Exército israelense afirma ter eliminado mais de cem membros de grupos como Hamas e Jihad Islâmico, enquanto a Autoridade Palestina, que controla a região, vê seu poder minado. O prefeito de Jenin, Mohammed Jarrar, afirmou que Israel age como se a Autoridade Palestina não existisse.

Impacto nas Comunidades

Desde o início das operações, os confrontos diminuíram, mas a presença militar israelense se intensificou. A estratégia inclui a demolição de estruturas que, segundo Israel, são usadas para atividades terroristas. “Eles estão sinalizando que querem anexar,” disse Ammar Abu Bakr, presidente da câmara de comércio de Jenin, refletindo o medo de muitos palestinos.

A situação é crítica para os deslocados, que vivem em prédios originalmente destinados a estudantes universitários. Mohammed Abu Wasfeh, um morador de Jenin, relatou que o mais doloroso não foi a expulsão, mas a incerteza sobre o futuro. “Estamos vivendo no desconhecido,” afirmou.

O Exército israelense nega forçar o deslocamento, mas relatos de ameaças de violência são comuns. Kifah Sahweil, uma moradora de Jenin, contou que um drone a ameaçou, obrigando-a a deixar sua casa. A situação continua a se agravar, com a possibilidade de uma mudança significativa na administração das cidades da Cisjordânia.

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