22 de mai 2025
Eurovisão enfrenta crise de credibilidade após polêmica com votos e participação de Israel
Controvérsias marcam o Festival de Eurovisão 2025, com pedidos de auditoria no sistema de votação e críticas à participação de Israel.
Yuval Raphael, representante de Israel em Eurovisão 2025, na final do festival. (Foto: Martin Meissner/AP)
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O Festival de Eurovisão enfrenta uma crise de credibilidade, especialmente em relação ao sistema de televoto e à participação de Israel, que gerou debates sobre manipulação política e falta de transparência. A controvérsia aumentou após a edição de 2025, realizada em Basileia, onde a emissora pública espanhola RTVE solicitou uma auditoria independente do sistema de votação.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu a exclusão de Israel do concurso, citando a necessidade de evitar "duplos padrões" na cultura, especialmente após a exclusão da Rússia em 2022 devido à invasão da Ucrânia. A participação de Israel, em meio ao conflito em Gaza, provocou protestos e polarização, com muitos questionando a justiça do televoto que favoreceu o país.
A RTVE enviou uma carta à União Europeia de Radiodifusão (UER), solicitando uma revisão completa do sistema de votação. O presidente da RTVE, José Pablo López, destacou a preocupação com a "transparência, legitimidade e integridade" do processo de votação. A carta pede uma reflexão sobre a participação de Israel e uma auditoria dos resultados de 2025.
O sistema de televoto, introduzido em 1997, passou a ser visto como vulnerável a manipulações. Especialistas apontam que campanhas organizadas podem influenciar os resultados, como evidenciado pela votação massiva a favor de Israel. A UER defendeu seu sistema de votação, afirmando que ele é "o mais avançado do mundo" e que os resultados são verificados por um amplo time.
A situação se complicou ainda mais com a revelação de que uma agência do governo israelense promoveu uma campanha digital para impulsionar os votos a favor de sua representante, Yuval Raphael. A UER confirmou que a campanha incluiu anúncios e vídeos direcionados a diversos países, aumentando a controvérsia sobre a legitimidade do televoto.
A crise de Eurovisão se intensifica, com vários países, incluindo Espanha, exigindo maior transparência. A UER reafirmou seu compromisso com a integridade do festival, mas a pressão por mudanças no sistema de votação continua a crescer.
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