Política

Lula adota posturas contraditórias em conflitos internacionais, defendendo Gaza e evitando Ucrânia

Lula enfrenta críticas por sua postura ambígua em conflitos internacionais, defendendo Gaza, mas evitando condenar a Rússia na Ucrânia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Vladimir Putin na Rússia — Foto: Maxim Shemetov / POOL / AFP.  
Lula e Putin se abraçam em Moscou — Foto: Reprodução.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Vladimir Putin na Rússia — Foto: Maxim Shemetov / POOL / AFP. Lula e Putin se abraçam em Moscou — Foto: Reprodução.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem buscado reposicionar o Brasil como uma voz ativa no Sul Global, defendendo a paz e o multilateralismo. Recentemente, Lula se manifestou contra a ofensiva israelense em Gaza, denunciando abusos e propondo resoluções na Organização das Nações Unidas (ONU). Sua postura, no entanto, em relação à Ucrânia, ao evitar condenar a Rússia, gerou críticas e contradições na política externa brasileira.

Lula criticou a reação de Israel em Gaza, chamando-a de desproporcional e violadora do Direito Internacional. Ele descreveu a situação como um "massacre de crianças" e usou o termo "genocídio". O Brasil, sob sua liderança, propôs uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para proteger civis e abrir corredores humanitários, mas a proposta foi vetada pelos Estados Unidos. Essa ação evidenciou os padrões duplos do Ocidente em relação a conflitos internacionais.

Contradições na Política Externa

Enquanto Lula se posiciona firmemente em relação a Gaza, sua abordagem em relação à Ucrânia é mais ambígua. Desde o início do conflito, ele evitou condenar a Rússia, sugerindo que a responsabilidade pela guerra seria compartilhada com o Ocidente. A recente visita a Vladimir Putin, durante as comemorações do Dia da Vitória, reforçou essa neutralidade, o que gerou descontentamento entre críticos que apontam a normalização de uma violação clara da soberania ucraniana.

A diplomacia brasileira, ao abordar Gaza com firmeza, enfrenta custos políticos, incluindo a reação do governo de Israel, que declarou Lula persona non grata. Em contraste, a postura mais equilibrada em relação à Ucrânia tem sido vista como uma tentativa de evitar desgastes com o Kremlin, mas isso pode comprometer a credibilidade do Brasil em questões de Direito Internacional.

Desafios e Oportunidades

A estratégia de Lula de se distanciar da geopolítica das grandes potências e afirmar uma terceira via é questionada. A incoerência nas posturas em relação a diferentes conflitos pode minar a autoridade do Brasil em propor soluções pacíficas. A necessidade de uma diplomacia guiada por princípios claros é evidente, especialmente com a aproximação da Conferência das Partes (COP30), onde a credibilidade do Brasil poderá ser testada.

O governo enfrenta o desafio de equilibrar suas relações internacionais, promovendo um diálogo que respeite normas e direitos humanos, sem abrir mão de sua autonomia. A política externa brasileira, portanto, precisa ser coerente para que o país seja levado a sério nas discussões globais.

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