26 de mai 2025
Kabila retorna à República Democrática do Congo após dois anos e é recebido em Goma
Joseph Kabila retorna à República Democrática do Congo após dois anos, criticando o governo e se oferecendo para mediar conflitos no leste.
Foto: Reprodução
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Joseph Kabila, ex-presidente da República Democrática do Congo, retornou ao país após dois anos vivendo fora. Ele chegou à cidade de Goma, controlada pelo grupo rebelde M23, após senadores revogarem sua imunidade por suposto apoio ao grupo. Kabila criticou o governo atual e se ofereceu para ajudar a resolver o conflito no leste do país.
Kabila, que governou por dezoito anos, foi recebido por apoiadores, que expressaram satisfação com seu retorno. O líder da juventude do partido de Kabila, o Partido do Povo para a Reconstrução e a Democracia (PPRD), afirmou que a presença do ex-presidente é como a de um pai que retorna aos filhos. O PPRD, no entanto, foi banido recentemente devido à sua postura ambígua em relação à ocupação do território congolês pelo M23.
O governo congolês acusa Kabila de estar ligado ao M23, que tem lutado contra as forças armadas do país. Em uma mensagem em uma rede social, um porta-voz do M23 deu boas-vindas a Kabila, desejando-lhe uma estadia agradável nas áreas que consideram "liberadas". Kabila, que se afastou do poder em 2019, já foi aliado do atual presidente Félix Tshisekedi, mas os dois romperam relações em 2020.
O ex-presidente também criticou o sistema de justiça congolês, afirmando que está sendo utilizado para fins políticos. Ele descreveu o governo de Tshisekedi como uma "ditadura" e destacou a "queda da democracia" no país. O governo, por sua vez, rejeitou as declarações de Kabila, afirmando que ele não tem nada a oferecer ao país. O conflito no leste da República Democrática do Congo, que se intensificou desde 2021, resultou em um grande número de deslocados e continua a ser uma questão crítica para a estabilidade da região.
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