29 de mai 2025
Ehud Olmert denuncia crimes de guerra de Israel contra palestinos em Gaza
Ex primeiro ministro Ehud Olmert denuncia crimes de guerra em Gaza, enquanto 80% dos israelenses pedem o fim das hostilidades.
O ex-primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert participa de uma entrevista em Tel-Aviv. (Foto: Ariel Schalit/AP) Palestinas disputam distribuição de comida em Jabalia, na Faixa de Gaza. (Foto: Bashar Taleb/AFP)
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TEL AVIV - O ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, criticou a guerra em Gaza, afirmando que o país está “cometendo crimes de guerra” contra os palestinos. Em um artigo publicado no jornal Haaretz, Olmert destacou que milhares de civis palestinos e soldados israelenses têm morrido devido às ações do atual primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu. Ele é o primeiro ex-chefe de governo israelense a se manifestar contra a guerra.
Olmert, que governou Israel entre dois mil e seis e dois mil e nove, descreveu a guerra como uma “matança indiscriminada” e uma “guerra sem propósito”. Ele afirmou que as vítimas palestinas estão atingindo “proporções monstruosas”, com cerca de 50 mil palestinos mortos desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, após os ataques do Hamas, que resultaram em 1,2 mil mortos em Israel.
Crescente Oposição Interna
A oposição interna em Israel também tem crescido, com 80% da população pedindo o fim das hostilidades. Olmert, que anteriormente defendia as ações israelenses em Gaza, agora não pode mais apoiar a política do governo. Ele criticou a estratégia de Netanyahu, que inclui a ocupação de 75% da Faixa de Gaza e a destruição da infraestrutura palestina.
O plano prevê que os civis de Gaza sejam realocados para uma “zona humanitária” em Rafah, com a condição de que aceitem uma “saída voluntária” do território. Essa proposta, que foi rejeitada por países árabes e ocidentais, é apoiada por membros da coalizão de Netanyahu, que já havia sugerido a expulsão de palestinos para a construção de assentamentos israelenses.
Críticas e Consequências
Olmert não está sozinho em suas críticas. Outros ex-líderes, como Ehud Barak, e o ex-comandante da IDF (Forças de Defesa de Israel), Yair Golan, também se manifestaram contra a guerra. Golan chegou a afirmar que o governo está enviando soldados para matar civis “por hobby”. A insatisfação com a guerra tem levado a um aumento no número de reservistas que se recusam a servir, com milhares já assinando cartas de protesto.
As declarações de Olmert e outros ex-líderes refletem uma mudança significativa na percepção pública sobre o conflito, que se tornou uma questão central na política israelense.
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