06 de jul 2025




Israel negocia com o Catar apesar das exigências do Hamas para cessar-fogo
Israel e Hamas iniciam negociações em Doha para cessar fogo e libertação de reféns, enquanto a violência em Gaza continua a aumentar.

Crianças palestinas caminham em ruas cobertas por escombros de edifício atingido por ataque israelense na cidade de Gaza (Foto: Bashar TALEB / AFP)
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Israel aceitou participar de negociações indiretas com o Hamas neste domingo, 6 de outubro, para discutir um cessar-fogo e a libertação de reféns. O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, considera, no entanto, "inaceitáveis" as mudanças propostas pelo grupo palestino.
A proposta em análise sugere uma trégua de 60 dias, durante a qual o Hamas liberaria 10 reféns israelenses e devolveria corpos, em troca da libertação de prisioneiros palestinos. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, 49 reféns ainda estão em cativeiro, enquanto 27 foram declarados mortos pelo Exército israelense. O Hamas afirmou ter dado uma "resposta positiva" à proposta, mas solicitou alterações, como garantias de que as hostilidades não recomeçarão caso as negociações falhem.
Negociações em Doha
As conversações ocorrem em Doha, onde a delegação do Hamas, liderada por Khalil al Hayya, já se encontra. Os negociadores israelenses também viajaram para a capital do Catar, com o objetivo de "continuar os esforços para recuperar nossos reféns". O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que apoia a trégua, se reunirá com Netanyahu na segunda-feira e acredita que um acordo pode ser alcançado "na próxima semana".
Enquanto isso, em Israel, o Fórum das Famílias dos Reféns pediu um "acordo global" para a libertação de todos os sequestrados. Durante as tréguas anteriores, várias trocas de reféns ocorreram, mas a situação em Gaza continua crítica.
Situação em Gaza
Na Faixa de Gaza, onde dois milhões de habitantes enfrentam condições precárias, 14 palestinos morreram em bombardeios israelenses neste domingo. Um ataque atingiu uma casa em Sheikh Radwan, resultando em várias vítimas. O hospital al Shifa recebeu pelo menos 10 corpos, enquanto parentes lamentavam a tragédia.
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, cerca de 1.219 pessoas morreram em Israel, a maioria civis. Em resposta, mais de 57.400 palestinos perderam a vida na ofensiva israelense, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. A ONU considera esses números confiáveis, refletindo a gravidade do conflito em curso.
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