16 de jan 2025
Moraes nega pedido de tenente-coronel para transferir investigação à Justiça Militar
O tenente coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo é investigado por envolvimento em trama golpista. Alexandre de Moraes reafirmou que o STF julga crimes golpistas, sem distinção. A PF encontrou evidências de plano para assassinar Moraes, ligando Azevedo ao crime. Azevedo usou celulares anonimizados, comuns em operações do Exército, para se comunicar. Investigação revelou conexões com outros indiciados, incluindo um general envolvido.
O ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rejeitou a solicitação do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo para transferir a investigação sobre seu envolvimento na tentativa de golpe de 2022 para a Justiça Militar. Moraes argumentou que a competência do STF abrange todos os atos golpistas, independentemente de os envolvidos serem civis ou militares. A decisão permite recurso.
Rodrigo Bezerra, indiciado pela Polícia Federal por sua participação na conspiração para impedir a posse de Lula, era major de infantaria do Exército e atuava no Comando de Operações Especiais. Ele é vinculado a um plano que visava prender ou assassinar Moraes, com o codinome “Brasil” associado a um número de telefone utilizado por ele. Moraes reafirmou que o STF é competente para julgar crimes relacionados aos atentados de 8 de janeiro de 2023.
A defesa de Azevedo argumenta que as ações atribuídas a ele configuram um "crime militar impróprio", defendendo que a Justiça Militar deveria ser a responsável. No entanto, a investigação da PF revelou ligações entre Azevedo e outros membros da suposta organização criminosa, incluindo dados que indicam a presença de aparelhos associados ao codinome “Brasil” nas proximidades de sua residência em Goiânia.
A PF também descobriu que Azevedo utilizou celulares e chips anonimizados, comuns em operações sigilosas do Exército. Além disso, foram identificadas ligações dele para um telefone vinculado ao Nubank em janeiro de 2023, com a conta associada a um residente do Rio Grande do Sul, sem conexões diretas com Goiânia. A investigação destaca o uso de técnicas de anonimização para abrir contas bancárias em nome de terceiros, evidenciando um padrão de comportamento na condução das atividades ilícitas.
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