18 de jan 2025
Polícia Militar de São Paulo prende 16 PMs envolvidos na execução de delator do PCC
O assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, ocorreu em novembro de 2023. A Corregedoria da Polícia Militar prendeu um tenente, totalizando 16 PMs detidos. Policiais vazavam informações para o PCC e atuavam como seguranças do empresário. Investigação revelou que Gritzbach foi executado com dez tiros no aeroporto de SP. Governador Tarcísio de Freitas promete punições severas para policiais corruptos.
O cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins, acusado de ser o atirador que executou o delator da facção criminosa PCC, Vinicius Gritzbach. (Foto: Montagem/g1/Reprodução/TV Globo)
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Neste sábado, 18 de janeiro de 2024, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo e a Polícia Civil prenderam um tenente da PM, elevando para 16 o total de policiais militares detidos por envolvimento no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach foi executado em novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, onde foi atingido por dez tiros. Ele era acusado de lavagem de dinheiro e havia delatado conexões entre policiais e a facção criminosa.
As investigações começaram após uma denúncia anônima em março de 2023, que apontou o vazamento de informações sigilosas por policiais para o PCC. Câmeras de segurança registraram a execução, onde dois homens encapuzados dispararam contra Gritzbach. A Corregedoria identificou os policiais envolvidos por meio de quebra de sigilo telefônico e análise de dados de telefonia, além de imagens de vídeo que mostraram o tenente Denis Antonio Martins na cena do crime.
O tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, foi preso sob suspeita de ter dirigido o carro utilizado na execução. A investigação revelou que Genauro e Martins trabalharam juntos na Força Tática e que o sinal de seus celulares estava próximo do local do crime. A defesa de Genauro alega que ele é inocente e que a prisão foi baseada em provas frágeis.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que a operação demonstra a intolerância da corporação com desvios de conduta. "É inadmissível o envolvimento de agentes da lei com o crime," disse ele, prometendo punições severas para aqueles que se envolverem com o crime organizado. A investigação continua em busca de mais evidências e possíveis mandantes do assassinato de Gritzbach.
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