21 de jan 2025
Investigação da Operação Overclean sobre 'Rei do Lixo' segue na PF da Bahia e não vai para Brasília
A Operação Overclean investiga fraudes em licitações e desvios de emendas parlamentares. O empresário Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", é o principal alvo da operação. O caso foi enviado ao STF, e a relatoria foi sorteada para o ministro Kassio Nunes Marques. A PF busca investigar o deputado Elmar Nascimento, ligado a Moura, por suspeitas de corrupção. O esquema abrange 17 estados e pode ser comparado à Operação Lava Jato em sua magnitude.
Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", integrava a cúpula do União Brasil. (Foto: Reprodução)
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A Polícia Federal (PF) investiga o empresário Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", por supostas fraudes envolvendo desvio de emendas parlamentares e licitações. A apuração, que começou na Superintendência da Bahia, permanecerá sob sua jurisdição, apesar das expectativas de que o caso fosse transferido para Brasília. O inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a PF solicitar a inclusão do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), que é mencionado nas investigações. Em dezembro, a PF encontrou uma escritura de transação imobiliária entre Moura e Nascimento, levantando suspeitas sobre a relação entre eles.
A Operação Overclean, que investiga os negócios de Moura, será relatada pelo ministro Kassio Nunes Marques, após sorteio realizado pelo STF. A decisão de não passar o caso para o ministro Flávio Dino, que já lida com questões relacionadas a emendas, gerou alívio entre políticos do Centrão e descontentamento entre os investigadores. Moura, que possui contratos de coleta de lixo em diversos estados, é acusado de operar um esquema que desviou cerca de R$ 1,4 bilhão em recursos públicos.
A investigação revelou que Moura teve 27 visitas à Câmara dos Deputados entre junho de 2022 e julho de 2023, com a maioria destinada à liderança do União Brasil. O deputado Elmar Nascimento confirmou encontros com Moura, mas alegou que eram com outros membros do partido. A PF considera que Moura utilizou sua influência política para facilitar contratos e desbloquear pagamentos, e a relação entre ele e Nascimento se intensificou após a filiação de Moura ao União Brasil.
A PF busca agora autorização do STF para continuar a investigação sobre Elmar Nascimento, que possui foro privilegiado. O esquema de Moura se estende por 17 estados, envolvendo diversos municípios onde o União Brasil tem influência. A operação, que já resultou na apreensão de R$ 3,4 milhões em espécie e outros bens, como veículos e aeronaves, tem potencial para desarticular uma rede criminosa complexa que manipula recursos públicos e contratos.
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