Política

Justiça realiza audiência sobre massacre que deixou nove jovens mortos em baile funk

A sexta audiência do Massacre de Paraisópolis ocorrerá nesta sexta feira (31). Dez testemunhas de defesa serão ouvidas, mas interrogatórios dos réus ainda não têm data. Os réus, 11 policiais militares e um ex agente, respondem por homicídio e lesão corporal. Laudos indicam que a maioria das mortes foi por asfixia durante a ação policial. Famílias das vítimas foram indenizadas em 2021, após determinação do governo de SP.

Jovens mortos em Paraisópolis (Foto: Arte/TV Globo)

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A Justiça de São Paulo agendou para as 10h desta sexta-feira (31) a sexta audiência de instrução do caso conhecido como Massacre de Paraisópolis. Durante a sessão, estão previstos os depoimentos de dez testemunhas de defesa dos doze acusados, que incluem onze policiais militares e um ex-agente. O incidente ocorreu em 1º de dezembro de 2019, durante um baile funk na Zona Sul, resultando na morte de nove jovens e ferimentos em outros doze.

Os réus respondem em liberdade por homicídio por dolo eventual e lesão corporal, já que, segundo a acusação, assumiram o risco ao encurralar as vítimas em um beco. Um décimo terceiro agente teve seu processo suspenso por dois anos após cumprir medidas impostas pela Justiça. Laudos periciais indicaram que oito jovens morreram por asfixia e um por traumatismo. Nenhuma das vítimas residia na comunidade.

As audiências anteriores já ouviram diversas testemunhas, incluindo especialistas forenses. A audiência de instrução é crucial para determinar se há evidências suficientes para levar os réus a júri popular. A promotora Luciana Jordão afirma que os PMs cercaram o baile e agrediram os frequentadores, resultando em tumulto e mortes. Os policiais alegam que estavam perseguindo suspeitos de roubo, mas não apresentaram provas concretas.

A Defensoria Pública informou que as famílias das vítimas foram indenizadas em 2021. A acusação do Ministério Público destaca que os PMs usaram força excessiva, incluindo cassetetes e gás lacrimogêneo, durante a dispersão da multidão, que contava com mais de cinco mil pessoas. A Secretaria da Segurança Pública confirmou que os réus foram transferidos para funções compatíveis com seus graus hierárquicos, exceto um que foi expulso por infração disciplinar.

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