03 de fev 2025
Organizações civis se preparam para julgamento da ‘ADPF das Favelas’ no STF
O julgamento da "ADPF das Favelas" ocorrerá no dia 5 de junho no STF. A proposta inclui uso obrigatório de câmeras por policiais em serviço. Dados da ONG Redes da Maré revelam 20 mortes em 42 operações em 2024. Apenas cinco operações contaram com ambulâncias para atendimento médico. Desde 2016, apenas 11 perícias foram realizadas em 148 mortes na Maré.
Operação policial na Favela da Rocinha, no Rio (Foto: Gabriel de Paiva/ Agência O Globo)
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Na próxima quarta-feira, dia 5 de fevereiro, organizações da sociedade civil estarão em Brasília para acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a "ADPF das Favelas". Essa ação prevê, entre outras medidas, a implementação obrigatória de câmeras para policiais em serviço e a realização de perícias em operações policiais.
Um levantamento da ONG Redes da Maré revela que, em 2024, ocorreram 42 operações policiais na favela, resultando em 20 mortes. Alarmantemente, apenas em cinco dessas operações havia ambulâncias disponíveis para atender os feridos. A falta de perícias, essenciais para a responsabilização dos autores dos disparos, é preocupante, com apenas quatro casos sendo investigados adequadamente.
Desde 2016, foram registradas 148 mortes em operações policiais na Maré, mas apenas 11 perícias foram realizadas de acordo com os parâmetros normativos estabelecidos. Esses dados ressaltam a necessidade de uma abordagem mais rigorosa e transparente nas operações policiais, especialmente em áreas vulneráveis como as favelas.
A expectativa é que o julgamento no STF traga avanços significativos na proteção dos direitos humanos e na responsabilização das forças de segurança, refletindo as demandas da sociedade civil por maior transparência e justiça nas ações policiais.
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