05 de fev 2025
Policial delatado menciona ‘Rei do camarote’ em depoimento à Polícia Federal
Alexander Augusto de Almeida, o "Rei do Camarote", é investigado por lavagem de dinheiro. Ele foi citado em depoimento de policial ligado a organização criminosa em SP. Almeida tem conexões com o crime organizado e movimentações financeiras suspeitas. Em 2024, inquérito anterior contra ele foi arquivado por falta de provas. Policiais envolvidos apresentaram padrão de vida incompatível com seus salários.
Vinícius Gritzbach durante reunião com o Ministério Público em julho de 2024; à direita, o empresário Alexander de Almeida, em vídeo que viralizou em 2013. (Foto: Fotos de reprodução)
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O empresário Alexander Augusto de Almeida, conhecido como o “Rei do Camarote”, foi mencionado em um depoimento à Polícia Federal de São Paulo, relacionado a uma investigação sobre corrupção e crime organizado. Almeida, que ganhou notoriedade em 2013 por suas extravagâncias nas baladas de São Paulo, foi citado por Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, um dos policiais envolvidos em uma organização criminosa na Zona Leste da cidade. O grupo, que inclui outros três policiais e um delegado, está sob investigação por corrupção e lavagem de dinheiro.
No depoimento, Bombom afirmou que Almeida era amigo de Vinicius Gritzbach, um delator do PCC que foi assassinado em novembro de 2024. Bombom alegou que Almeida o defendeu durante uma acusação de Gritzbach, que o havia acusado de entregá-lo a policiais. Almeida, que atua no ramo imobiliário, já foi investigado anteriormente por lavagem de dinheiro, mas um inquérito foi arquivado em julho de 2024 por falta de provas.
Durante a investigação, a PF encontrou documentos relacionados a imóveis de Almeida, incluindo um condomínio em Atibaia, adquirido durante a pandemia. Apesar das suspeitas, a polícia não conseguiu comprovar a origem ilícita dos capitais envolvidos. Bombom, por sua vez, foi gravado em uma conversa onde mencionou que sabia de muitas coisas e insinuou que poderia comprometer outros policiais, revelando um padrão de vida incompatível com seu salário de R$ 12 mil.
As movimentações financeiras de Bombom chamaram a atenção, com o Coaf registrando R$ 34 milhões em sua conta entre 2017 e 2022. A PF também encontrou R$ 680 mil em sua residência, que ele alegou serem de um amigo e da sogra. A defesa de Bombom defendeu sua inocência, enquanto o advogado de Almeida não se manifestou sobre as acusações.
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