11 de fev 2025
Brasil registra pior desempenho no Índice de Percepção da Corrupção desde 2012
Brasil atinge a 107ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024. Nota de 34 reflete desmonte na luta contra a corrupção desde 2012. Indiciamento do ministro Juscelino Filho gera críticas à postura do governo. Controladoria Geral da União contesta metodologia do IPC, chamando a de "conversa de boteco". Transparência Internacional já enfrentou questionamentos sobre sua ligação com a Lava Jato.
O Ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
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O Brasil caiu para a 107ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, conforme relatório divulgado em 11 de março de 2024. O país, que agora está empatado com Argélia, Nepal e Níger, registra sua pior colocação desde 2012, com uma nota de 34 em uma escala que vai de 0 a 100. Em 2012, o Brasil alcançou sua melhor nota, 43. Os países que lideram o ranking são Dinamarca, Finlândia, Cingapura e Nova Zelândia.
A queda de três posições em relação a 2023 é atribuída à incapacidade do Brasil de reverter o desmonte da luta contra a corrupção, segundo Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil. Ele destacou que houve um avanço na captura do Estado pela corrupção, citando a permanência do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, apesar de ser indiciado por corrupção passiva e fraude em licitação.
A Controladoria-Geral da União (CGU) criticou o método da Transparência Internacional, apontando "limitações metodológicas" no IPC. A CGU argumentou que o índice mede percepção, não a ocorrência real de corrupção, e que a interpretação dos resultados deve ser cautelosa. O ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, desqualificou os dados, chamando-os de "conversa de boteco" e questionando a correlação entre a percepção de corrupção e a falta de discurso do presidente sobre o tema.
Além das críticas metodológicas, a Transparência Internacional já enfrentou questionamentos no Brasil por sua ligação com a Operação Lava Jato. Mensagens reveladas em 2020 mostraram que o ex-promotor Deltan Dallagnol contatou a ONG em momentos críticos da operação. Embora tenha sido investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a investigação foi encerrada em outubro do ano passado por falta de provas.
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