11 de fev 2025
Brasil registra pior nota da história no Índice de Percepção da Corrupção em 2024
O Brasil obteve 34 pontos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, sua pior nota histórica. O país caiu para a 107ª posição entre 180 países, refletindo a influência do crime organizado nas instituições. A Transparência Internacional atribui a queda à inação do governo e ao desmonte da luta anticorrupção. O silêncio do presidente Lula sobre corrupção e o aumento das emendas orçamentárias são criticados. O relatório destaca que a corrupção agrava a crise climática e afeta defensores ambientais no Brasil.
Foto: Reprodução
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O Brasil registrou sua pior pontuação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, divulgado pela Transparência Internacional, com 34 pontos e a 107ª posição entre 180 países. Essa queda em relação aos 36 pontos e 104ª posição de 2023 reflete um retrocesso no combate à corrupção, evidenciado pela crescente influência do crime organizado nas instituições estatais. O relatório, que se baseia em 13 pesquisas de 12 organizações, destaca que quanto menor a pontuação, pior a percepção de corrupção.
A Transparência Internacional atribui essa deterioração à falta de ações efetivas do governo e à "captura do Estado pela corrupção". O diretor-executivo da entidade no Brasil, Bruno Brandão, enfatiza que a presença do crime organizado nas instituições é um sinal alarmante. Historicamente, o Brasil teve suas melhores colocações em 2012 e 2014, sob a presidência de Dilma Rousseff, quando alcançou 43 pontos e a 69ª posição. Desde então, o país tem enfrentado uma queda contínua.
O relatório também critica a inação do governo Lula em relação a políticas anticorrupção e a falta de transparência nas emendas parlamentares, que aumentaram em volume e opacidade. A ONG ressalta que o silêncio do presidente sobre o tema contribui para a percepção negativa. Além disso, a pesquisa revela que o Brasil está empatado com países como Turquia e Maláui, e abaixo da média global de 43 pontos e da média das Américas de 42 pontos.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, contestou a metodologia da Transparência Internacional, afirmando que a pesquisa se baseia em opiniões de executivos e não reflete a percepção da população em geral. Ele criticou a comparação com outros países, alegando que os métodos de medição variam. Em resposta, a Transparência Internacional reafirmou que a responsabilidade de pautar a luta contra a corrupção cabe ao presidente, destacando que Lula mencionou a corrupção em apenas 10 de 231 discursos em 2024.
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