12 de fev 2025
Advogados abandonam defesa em caso que custou R$ 148,8 milhões à Eletrobras
Eletrobras pagou R$ 148,8 milhões a Bruno Thomé por títulos de 1970, questionados. Oito advogados renunciaram à defesa de Thomé após decisão do STJ sobre o caso. STJ identificou indícios de fraude e determinou a devolução do montante pago. Juiz autorizou pagamento em menos de uma hora, gerando suspeitas sobre a rapidez. Eletrobras alerta sobre fraudes judiciais desde os anos 2000, especialmente em comarcas pequenas.
Eletrobras: de saída os advogados que atuavam em processo contra a companhia. (Foto: Reprodução)
Ouvir a notícia:
Advogados abandonam defesa em caso que custou R$ 148,8 milhões à Eletrobras
Ouvir a notícia
Advogados abandonam defesa em caso que custou R$ 148,8 milhões à Eletrobras - Advogados abandonam defesa em caso que custou R$ 148,8 milhões à Eletrobras
Oito advogados abandonaram o caso que custou R$ 148,8 milhões à Eletrobras, renunciando à defesa de Bruno Thomé, que buscava cobrar títulos de crédito da década de 1970. O aviso foi enviado ao Judiciário do Amazonas, e a devolução do montante está suspensa até nova ordem, enquanto um recurso da Eletrobras, que alega tentativa de fraude, é analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dentre os honorários, R$ 40,2 milhões estavam destinados a cinco escritórios, sendo que o Benarrós Advocacia, que representa Thomé desde 2021, é o que receberia a maior parte, R$ 37,9 milhões. Os outros escritórios que renunciaram incluem nomes como Maria Carolina Feitosa Advocacia e Soares da Fonseca Advocacia. A razão para a desistência não foi divulgada, mas ocorreu após uma decisão do ministro Benedito Gonçalves, que derrubou a ordem de pagamento da comarca de Presidente Figueiredo.
Gonçalves considerou o caso uma "inusitada situação", citando indícios de fraude e a origem duvidosa dos títulos. A Eletrobras argumenta que os títulos têm um prazo de cinco anos para serem quitados, o que não ocorreu. A empresa tem alertado sobre tentativas de fraudes desde os anos 2000, especialmente em tribunais menores.
O juiz Jean Pimentel, da comarca de Presidente Figueiredo, autorizou rapidamente o pagamento a Thomé, mas a decisão foi suspensa pelo desembargador Elci de Oliveira. Após uma série de reviravoltas, os advogados conseguiram a liberação dos repasses em menos de uma hora. A Eletrobras agora aguarda a finalização do estorno do valor enquanto se prepara para contestar a decisão no STJ. A corregedoria do CNJ já recebeu informações sobre o caso, a pedido de Gonçalves.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.