27 de mar 2025
Ex-ministro critica pena de 14 anos a pichadora e a compara a latrocida
Ex ministro critica pena de 14 anos a cabeleireira por pichação; Lula reforça discurso contra golpismo em meio a disputas políticas para 2026.
Foto: Reprodução
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O ex-ministro do STF, Marco Aurélio Mello, criticou a pena de 14 anos imposta à cabeleireira Débora Rodrigues Santos, condenada por pichar a estátua da Justiça durante os eventos de 8 de janeiro. Em entrevista ao UOL News, Mello destacou que a pena é desproporcional, comparando-a a sentenças para crimes graves como homicídio. Ele mencionou que a cabeleireira utilizou batom vermelho para expressar seu protesto, fazendo referência a uma frase do ministro Luís Roberto Barroso.
Débora foi identificada e presa em março de 2023, após a Operação Lesa Pátria, e é acusada de pelo menos cinco crimes. O ministro Luiz Fux pediu vista do caso, buscando reavaliar as circunstâncias que levaram à severidade da pena. A defesa argumenta que a ação foi um ato de liberdade de expressão, enquanto a promotoria considera a acumulação de crimes como justificativa para a condenação.
Em um contexto político mais amplo, o presidente Lula enviou um recado ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reforçando a narrativa de que Jair Bolsonaro foi golpista. Essa declaração surge em meio a uma crescente polarização política, onde Lula tenta deslegitimar possíveis concorrentes para as eleições de 2026. Os assessores do presidente indicaram que a postura de Tarcísio em defesa de Bolsonaro não pode ser ignorada.
A discussão sobre a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro também está em pauta, com a possibilidade de que isso gere mais instabilidade institucional. O colunista Leonardo Sakamoto observou que, apesar da vontade de punição inicial, há um movimento crescente para normalizar os eventos, o que pode beneficiar o bolsonarismo. A análise sugere que a situação continua a ser um ponto de tensão no cenário político brasileiro.
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