09 de abr 2025
Movimento busca eleger mulher como próxima secretária-geral da ONU após 80 anos de liderança masculina
Campanha busca eleger mulher como secretária geral da ONU, destacando a luta por igualdade de gênero e a importância da representação feminina.
António Guterres e Ban Ki-moon são os últimos exemplos de uma longa tradição de líderes masculinos nas Nações Unidas. (Foto: Drew Angerer/Getty)
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Desde a Conferência Mundial sobre Mulheres em Pequim, em 1995, a luta pela igualdade de gênero avançou significativamente. A Declaração de Pequim reconheceu a igualdade de gênero como um direito humano essencial, promovendo melhorias na educação e na saúde reprodutiva das mulheres. Dados recentes mostram que a mortalidade materna caiu de 339 para 223 mortes por 100 mil nascimentos entre 2000 e 2020, e o número de países com leis contra discriminação de gênero no trabalho quase triplicou, alcançando 162 países.
Apesar dos progressos, a representação feminina em cargos de liderança ainda é uma questão crítica. Desde a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, todos os secretários-gerais foram homens. Atualmente, uma campanha busca eleger uma mulher para o cargo, sucedendo António Guterres em 2026. A iniciativa é apoiada por estudos que indicam que acordos de paz mediado por mulheres tendem a ser mais duradouros e eficazes.
Entretanto, desafios persistem. A ONU Mulheres relatou um aumento de 50% nos casos de violência sexual relacionada a conflitos desde 2022, com mulheres e meninas sendo as principais vítimas. Além disso, a reversão de direitos reprodutivos em países como os Estados Unidos e a falta de prioridade para a educação de mulheres no Afeganistão evidenciam retrocessos na luta por igualdade de gênero.
Recentemente, na reunião da Comissão da Condição da Mulher da ONU, países como os Estados Unidos e a Rússia expressaram objeções a compromissos de gênero, contrastando com o apoio dado em 1995. A complexidade da escolha de um novo secretário-geral, que requer consenso no Conselho de Segurança da ONU, destaca a necessidade de superar preconceitos que podem impedir a seleção de candidatas qualificadas. A nomeação de uma mulher para o cargo enviaria uma mensagem forte sobre o compromisso global com a igualdade de gênero.
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