Política

Mulheres enfrentam desafios e preconceitos na liderança das Assembleias Legislativas brasileiras

A presença feminina na política brasileira avança lentamente; apenas três Assembleias Legislativas são presididas por mulheres.

Alliny Serrão (União Brasil), Iracema Vale (PSB) e Ivana Bastos (PSD) são presidentes das Assembleias Legislativas do Amapá, Maranhão e Bahia, respectivamente. (Foto: Reprodução)

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A presença de mulheres na política brasileira tem crescido, mas elas ainda ocupam poucos cargos de liderança. Atualmente, apenas três das 26 Assembleias Legislativas do país são presididas por deputadas. As presidentes são Alliny Serrão, Iracema Vale e Ivana Bastos.

Alliny Serrão (União Brasil) foi reeleita presidente da Assembleia do Amapá em votação unânime. Formada em direito, ela começou sua carreira política como vereadora em Laranjal do Jari. Iracema Vale (PSB) preside a Assembleia do Maranhão. Ela é filha de taxista e professora, e foi a deputada estadual mais votada do Maranhão em 2022, com 105 mil votos. Ivana Bastos (PSD) comanda a Assembleia da Bahia desde fevereiro, após o afastamento de Adolfo Menezes.

As três presidentes enfrentam desafios únicos. Alliny Serrão destaca que as mulheres precisam provar sua capacidade de forma mais intensa. Ivana Bastos relata que, apesar do apoio inicial, enfrentou dificuldades em sua segunda campanha, incluindo tentativas de judicialização. Ela afirma que alguns homens resistem à presença feminina em posições de poder.

Desafios e Preconceitos

As presidentes também mencionam a pressão sobre suas vidas pessoais. Ivana observa que as mulheres são mais cobradas em relação à presença no ambiente familiar, algo que não ocorre da mesma forma com os homens. Apesar das dificuldades, elas se mostram determinadas a abrir portas para mais mulheres na política.

Em 2022, 187 mulheres foram eleitas deputadas estaduais, representando 18% das vagas. Em 2018, essa proporção era de 15%. No Distrito Federal, quatro dos 24 membros da Câmara Distrital são mulheres, número que se manteve desde 2018. A presença feminina nos partidos políticos é de 46%, mas a proporção de candidaturas caiu para 34% nas últimas eleições.

Desde 2009, os partidos devem destinar 30% de suas candidaturas a mulheres, mas essa regra nem sempre é respeitada. No âmbito federal, a Câmara e o Senado nunca tiveram presidentes mulheres. O Brasil ocupa a 135ª posição no ranking de representação feminina em Assembleias Legislativas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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