11 de abr 2025
Irlanda investiga uso de dados pessoais pela rede social X para treinar inteligência artificial
A Autoridade de Proteção de Dados da Irlanda iniciou uma nova investigação sobre a rede social X, anteriormente Twitter, por possíveis violações do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). O foco é o uso de dados pessoais de usuários europeus para treinar modelos de inteligência artificial, como o Grok. A apuração surge após a empresa ter prometido não utilizar certos dados, mas continuar o desenvolvimento de suas IAs. A investigação avaliará a conformidade da X com as normas de legalidade e transparência no tratamento de informações. Caso sejam encontradas irregularidades, a empresa poderá enfrentar multas e restrições adicionais.
Grok, o chatbot de inteligência artificial de Elon Musk criado para concorrer com o ChatGPT, da Open AI (Foto: Bloomberg)
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A Autoridade de Proteção de Dados da Irlanda anunciou, nesta sexta-feira (11), a abertura de uma investigação formal contra a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. O foco é o uso de dados pessoais de usuários europeus para treinar modelos de inteligência artificial, como o Grok. A apuração visa verificar a conformidade da empresa com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).
A investigação examina o uso de dados pessoais contidos em publicações de acesso público na plataforma por usuários localizados na União Europeia e no Espaço Econômico Europeu. A autoridade busca avaliar a legalidade e a transparência no tratamento dessas informações. A X havia se comprometido a não utilizar certos dados pessoais para treinar suas IAs, mas continuou o desenvolvimento de novos modelos após esse compromisso.
Em setembro de 2024, a empresa sinalizou o fim de um procedimento judicial no Tribunal Superior da Irlanda, prometendo não usar dados coletados entre 7 de maio e 1º de agosto daquele ano. No entanto, a continuidade do desenvolvimento de modelos de IA após esse período motivou a nova investigação. A autoridade irlandesa tem jurisdição sobre a X e outras grandes empresas de tecnologia.
Se a investigação identificar irregularidades, a X poderá enfrentar multas e sanções legais, além de restrições no uso de dados públicos para seus sistemas de inteligência artificial. O caso se insere em um contexto de crescente tensão entre a União Europeia e as empresas de tecnologia dos Estados Unidos, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ameaçando tarifas caso as normas de privacidade não sejam cumpridas.
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