14 de abr 2025
Tráfico de drogas e internet: facções dominam serviços clandestinos no Rio de Janeiro
Facções no Rio de Janeiro expandem controle sobre serviços de internet, ameaçando empresários e rivalizando com o tráfico de drogas.
Equipamento encontrado por policiais em Realengo, na Zona Oeste do Rio, estava ligado à facção criminosa Amigo dos Amigos (ADA). (Foto: Reprodução)
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu mais de 120 investigações sobre a exploração clandestina de serviços de internet por facções criminosas. O tráfico de drogas e a venda de internet ilegal geram lucros semelhantes, com a facção Terceiro Comando Puro (TCP) liderando as ameaças a provedores locais.
Um áudio de um traficante, identificado como Peixão, revela a intimidação a um funcionário de uma empresa de internet: “Vou te matar se não sair daqui”. A coação é uma prática comum, com funcionários sendo mantidos reféns e empresas sendo forçadas a pagar pedágios às facções.
As investigações da Polícia Civil resultaram na apreensão de equipamentos irregulares semanalmente. Facções como o Comando Vermelho também estão envolvidas, utilizando laranjas para operar serviços ilegais e lavar dinheiro de outras atividades criminosas. O delegado Pedro Brasil afirma que “internet é a nova boca de fumo”.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destaca que o Brasil possui mais de vinte mil pequenos e médios provedores de internet, que investiram R$ 18 bilhões em infraestrutura nos últimos dois anos. A Secretaria de Segurança Pública do Rio está em contato com a Anatel para mapear áreas de atuação das facções e combater essa nova frente do crime organizado.
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